BOLSONARO NA MIRA

Polícia Federal avança em investigação sobre fraudes em cartões de vacina

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (4) a segunda fase da Operação Venire, que investiga a inserção de dados falsos de vacinação contra a covid-19 no sistema do Ministério da Saúde.

Ipolítica

Atualizada em 04/07/2024 às 11h27
Operação tem como principal alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro
Operação tem como principal alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro (Reprodução)

BRASÍLIA - A Polícia Federal (PF) deu início à segunda fase da Operação Venire, nesta quinta-feira (4), com o objetivo de investigar uma associação criminosa responsável por inserir dados falsos de vacinação contra a covid-19 nos sistemas do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), ambos administrados pelo Ministério da Saúde.

Em nota, a PF informou que os mandados de busca e apreensão foram emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). As ações foram direcionadas a agentes públicos do município de Duque de Caxias (RJ), suspeitos de facilitar a inserção de dados falsos no sistema de vacinação. Ao todo, estão sendo cumpridos dois mandados, nas cidades do Rio de Janeiro e Duque de Caxias.

OBJETIVOS DA OPERAÇÃO

A operação busca identificar novos beneficiários do esquema fraudulento. A primeira fase da Operação Venire, deflagrada em maio do ano passado, resultou na prisão do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid Barbosa. Um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido na residência do ex-presidente, em Brasília.

A Operação Venire investiga a adulteração dos cartões de vacina de Jair Bolsonaro, de sua filha Laura, e de Mauro Cid. A suposta imunização teria ocorrido na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Parque Peruche, em São Paulo, no dia 19 de julho de 2021.

Segundo a prefeitura de São Paulo, embora haja registro no sistema com o CPF de Bolsonaro, a UBS mencionada nunca atendeu o ex-presidente nem recebeu o lote de vacina citado. Além disso, a profissional registrada como vacinadora nunca trabalhou na unidade. O Ministério da Saúde afirmou que todas as informações no sistema de registro de imunizações do Sistema Único de Saúde (SUS) são rastreáveis e que não houve relato de invasão ou acesso não autorizado durante o período investigado.

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