Destruição

Equipes trabalham para controlar incêndio na Terra Indígena Alto Turiaçu, no Maranhão

Chamas destruíram mais de 530 mil hectares em 20 dias.

Imirante, com informações do g1

Atualizada em 24/10/2024 às 00h02
Cerca de 30 homens tentam conter as chamas na Terra Indígena Alto Turiaçu.
Cerca de 30 homens tentam conter as chamas na Terra Indígena Alto Turiaçu. (Reprodução / TV Globo)

MARANHÃO - O Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) continua trabalhando para controlar um incêndio que atinge a Terra Indígena Alto Turiaçu, no interior do Maranhão, há 20 dias. Cerca de 30 homens, entre bombeiros, funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e indígenas estão tentando conter as chamas.

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O incêndio destruiu 25 mil hectares de floresta, de acordo com informações do CBMMA, atingindo árvores centenárias em um território com mais de 530 mil hectares, que concentra um dos últimos trechos da Floresta Amazônica.

As equipes que trabalham no combate ao incêndio precisam economizar água, já que a fonte mais próxima fica a 15 km. Para agilizar o trabalho, os combatentes acampam no meio da mata e não estão voltando para a aldeia nem para comer e dormir.

"A previsão é que o combate completo seja em torno de três ou quatro dias, sendo o último dia para monitoramento dos focos", declarou o Tenente William Castro, do Corpo de Bombeiros.

A Terra Indígena Alto Turiaçu abriga duas etnias: são aproximadamente 4 mil indígenas Ka'apor e 60 Awá-Guajá. De acordo com Acadjurixã Ka'apor, líder dos Guardiões da Floresta, o fogo começou por causa de pescadores que entram na mata.

"O incêndio surgiu também por pescadores que caçam no território e 'tacam' fogo. Dessa forma, fogo surge também", afirma Acadjurixã Ka'apor, líder dos Guardiões da Floresta.

Além disso, a seca prolongada por causa dos três meses sem chuva fez com que a vegetação perdesse umidade, facilitando a propagação das chamas. Qualquer faísca é suficiente para desencadear um incêndio de grandes proporções, como o que assola atualmente a reserva.

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