BRASIL - O produtor Rodrigo Teixeira, conhecido por seu trabalho em títulos internacionais como Me Chame Pelo Seu Nome e Ad Astra: Rumo às Estrelas, vislumbra um futuro promissor para o cinema brasileiro no Oscar.
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Em uma entrevista ao Omelete, Teixeira compartilhou sua visão sobre o impacto de Ainda Estou Aqui, longa estrelado por Fernanda Torres e dirigido por Walter Salles, que vem conquistando reconhecimento global após a vitória da atriz no Globo de Ouro.
Para Teixeira, o drama universal de Ainda Estou Aqui pode se tornar o precursor de uma "invasão brasileira" no Oscar. "Dizer que é o filme ‘certo’ para quebrar o jejum brasileiro no Oscar é difícil, porque fizemos muitos filmes ótimos, de Central do Brasil para cá, que poderiam ter chegado lá", explicou. "O que desejo é que Ainda Estou Aqui amplie o acesso do público estrangeiro ao cinema do Brasil, mostrando que estamos fazendo algo incrível por aqui."
Teixeira também citou O Agente Secreto, próximo filme de Kleber Mendonça Filho, como uma forte possibilidade para o Oscar 2026, além de mencionar outros talentos do cinema brasileiro, como Carolina Mankiewicz e Karim Aïnouz. "Há uma imensidão de artistas brasileiros que têm capacidade de alcançar o Oscar", afirmou.
O papel do streaming na internacionalização
O produtor destacou a importância do streaming na democratização do acesso ao cinema internacional, algo que, segundo ele, vem influenciando diretamente a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. "O streaming mudou os hábitos de consumo e trouxe conteúdos internacionais para a audiência estadunidense, pressionando a Academia a internacionalizar seu corpo de votantes. Isso abriu espaço para filmes estrangeiros serem reconhecidos em categorias onde não tinham vez", explicou Teixeira.
Ele acredita que essa mudança beneficia o cinema de países que possuem maior liberdade criativa. "Nos outros países, temos mais liberdade criativa. Não dependemos 100% dos estúdios e canais de streaming para desenvolver um produto. Criamos e depois vendemos para eles", afirmou.
Rodrigo Teixeira vê um horizonte brilhante para o Brasil no Oscar e deseja que o país esteja mais presente entre os indicados e vencedores nos próximos anos. "Nossa liberdade criativa vai se refletir no futuro do Oscar. Espero que, nos próximos 20 anos, o Brasil tenha muito mais filmes indicados e vencedores", finalizou.
Com a crescente internacionalização da Academia e o reconhecimento de produções brasileiras como Ainda Estou Aqui, o cinema nacional parece estar cada vez mais perto de alcançar um espaço consolidado no maior prêmio do cinema mundial.
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