SÃO LUÍS – E enquanto o ministro Flávio Dino do Supremo Tribunal Federal (STF) não se manifesta acerca da Reclamação Constitucional nº 85.536 necessária e interposta pela defesa do presidente afastado da Federação Maranhense de Futebol (FMF), Antônio Américo, que deseja voltar ao cargo máximo na FMF, a proposta que segue na mesa de regulamento do Campeonato Maranhense Série A ainda não foi aprovada e oficializada.
Pelo que apurou o Imirante, a proposta (ou seja, oito clubes jogando entre si apenas em partidas de ida) foi analisada e teria sido aceita pela ampla maioria. No entanto, o impasse e a demora na transição administrativa da entidade comprometem o processo de homologação do regulamento e da fórmula de disputa.
Em paralelo a isso, em encontro recente na sede da FMF com a Junta Interventora, representantes dos clubes pautaram pedido ao Governo do Maranhão e a Prefeitura de São Luís acerca de possível ajuda financeira para os clubes.
O pedido carece de definição acerca do próximo Estadual e ainda do calendário profissional maranhense para o ano que vem, que pode incluir a volta da Copa FMF, competição extinta em 2023 após movimento que no fim deste ano de extinção garantiu Moto Club e Sampaio em competições nacionais (Moto na Série D e Sampaio na Copa do Brasil).
FMF segue sem se manifestar sobre Estadual: indefinição administrativa é a causa
Mesmo diante da indefinição administrativa no futebol maranhense, causada especialmente pelos indícios de irregularidades apontados pelo Ministério Público do Estado do Maranhão contra a gestão de Antônio Américo em Ação Civil Pública divulgada em julho deste ano, alguns clubes tentam às suas maneiras efetuar o planejamento visando 2026, que terá dentre as competições o Estadual.
O MAC, por exemplo, que terá o calendário mais amplo do futebol do Estado no ano que vem, articula nos bastidores a volta aos treinamentos. A ideia é que os primeiros trabalhos sejam registrados no início de dezembro.
MP aponta irregularidades na gestão afastada da FMF
Em julho deste ano, o Ministério Público do Maranhão anunciou que ingressou com uma Ação Civil Pública (ACP) na Justiça do Maranhão contra a Federação Maranhense de Futebol (FMF) e o Instituto Maranhense de Futebol (IMF).
Nessa ação, o MP acusa as entidades de irregularidades na gestão, falta de transparência e possível desvio de finalidade institucional. Segundo o MP, pelo menos 17 dirigentes da federação - incluindo o presidente da FMF, Antônio Américo Lobato Gonçalves, e o presidente do IMF, Sílvio Arley Brito Fonseca -, foram denunciados (Veja abaixo a lista com todos os denunciados).
O Ministério Público afirma que essa ação tem valor de causa fixado em R$ 2 milhões e inclui pedido de tutela de urgência, ou seja, liminar, para que as entidades passem a cumprir imediatamente suas obrigações legais de publicidade e transparência.
A ação pedia o afastamento dos dirigentes da FMF e do IMF e que fosse feita a nomeação de administradores provisórios. Em nota na oportunidade, a FMF afirmou que “recebia com incredulidade o pedido de afastamento de sua diretoria, protocolado pelo Ministério Público do Maranhão, uma vez que sempre colaborou de forma plena com as autoridades”.
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