Paredão e Paredinha

Ídolo no futebol maranhense, ex-goleiro Rodrigo Ramos vê filho trilhar seus passos no esporte

O famoso "Paredão", que brilhou por grande times do estado, agora sonha junto com o filho, Rafael, que também virou goleiro.

Eduardo Lindoso / Imirante Esporte

Atualizada em 13/08/2023 às 11h34
Rafael e Rodrigo Ramos exibem conquista pela equipe do Goiás  (Foto - Arquivo pessoal)
Rafael e Rodrigo Ramos exibem conquista pela equipe do Goiás  (Foto - Arquivo pessoal)

SÃO LUÍS – Paixão que passa de pai para filho. A frase é clichê, mas cai como uma luva para resumir a história desses dois personagens. E realmente a palavra “luva” faz mesmo parte da vida de Rodrigo Ramos, ídolo do futebol maranhense, e do seu filho, Rafael Delane. Rodrigo é um goleiro aposentado que tem uma bela história na carreira, e Rafael, também goleiro, começa a trilhar o mesmo caminho do pai embaixo das traves. E nesta reportagem especial de Dia dos Pais, os dois falam um pouco sobre essa relação de amor um pelo outro e também pelo esporte. Rodrigo é chamado até hoje de “paredão”, e, em referência ao pai, algumas pessoas chamam Rafael de “paredinha”, também pelos êxitos do jovem atleta, que tem se destacado cada vez mais pelos times por onde passa.

Campeão pelos quatro maiores clubes do Maranhão – Sampaio Corrêa, Moto Club, MAC e Imperatriz –, o ex-goleiro Rodrigo Ramos acumula uma carreira de sucesso no futebol maranhense, apesar de ter nascido em Goiás. Atualmente, morando e trabalhando na cidade de Imperatriz, o “Paredão”, como é carinhosamente chamado por torcedores até hoje, vive a emoção de ver seu filho trilhar os seus mesmo passos.

Rodrigo conta que Rafael nasceu quando ele atuava no Sampaio Corrêa e, desde essa época, já o acompanhava nos treinos e em jogos, em uma passagem bastante vitoriosa dele na Bolívia Querida. “Assim que ele nasceu, em 2008, eu me mudei de Imperatriz para São Luís, para jogar no Sampaio. Então, desde pequeno, Rafael acompanhou essa trajetória vitoriosa minha no Sampaio. Principalmente nos anos de 2012, 2013. 2014. E ele viveu todo aquele momento de glória. Um grande momento do futebol maranhense nos últimos anos, com o time saindo de uma Série D para uma Série B. Estádio cheio, grandes atuações. E isso despertou no Rafael o interesse pelo futebol. O começo foi aí”, comentou.

Rodrigo e Rafael em momento de emoção (Foto - Arquivo pessoal)
Rodrigo e Rafael em momento de emoção (Foto - Arquivo pessoal)

Na sequência dessa história, Rodrigo conta como o filho optou pela posição de goleiro, opção que, até então, o pai confessa que não queria. O ex-goleiro conta que se emocionou ao ouvir do filho dizer: ‘eu quero ser igual a você’.

“Com 11 anos, ele jogava na linha. Era uma vontade minha, que ele jogasse na linha. Mas eu percebia que, quando ele não estava comigo, quando a mãe dele estava com ele nas escolinhas, ele ia para o gol. Aí eu tive uma conversa para saber o que ele queria no futebol. Se ele queria ser jogador de linha ou se queria ser goleiro. E foi quando ele disse: ‘Não, pai, eu quero ser goleiro, igual a você. E aquilo me emocionou bastante”.

A admiração pelo pai

Rodrigo orienta o filho durante jogo ( Foto - Arquivo pessoal)
Rodrigo orienta o filho durante jogo ( Foto - Arquivo pessoal)

Mesmo com pouca idade, 14 anos, Rafael Delane, o “Paredinha”, já tem uma caminhada no esporte. Depois de passagens por algumas escolinhas, Rafael passou em um teste para jogar no clube do Grêmio, no Rio Grande do Sul, onde ficou por um ano. Rafael já atuou também pelo Imperatriz e outras equipes do Maranhão. Agora ele defende o clube do Goiás.

E nessa caminhada, Rafael sempre lembra do seu mais fiel companheiro, o pai, que, melhor do que ninguém, pode lhe ajudar com a responsabilidade de se tornar um grande goleiro.

“Desde pequeno, eu sempre acompanhei meu pai, principalmente no Sampaio, no Moto, no Imperatriz. E assim foi surgindo meu desejo de ser atleta de futebol. Aos 11 anos eu decidi que ia ser goleiro. E, partir daí, ele sempre me apoiou. A gente sempre treinava juntos. Treinava em casa. E, aos poucos, eu fui ganhando destaque. E eu me destaquei bastante em uma competição regional que teve em Imperatriz e fui selecionado para fazer uma avaliação no Grêmio, de Porto Alegre, e deu tudo certo. Eu passei. Fiquei praticamente um ano por lá. E ele sempre me apoiou”.

E, com esse apoio do pai, o jovem goleiro sonha alto e diz que nunca vai esquecer o seu maior incentivador. “Meu sonho é ter um grande nome, não só no futebol maranhense, mas no futebol nacional. E eu tenho muito orgulho dele. Tenho muito orgulho de ter acompanhado ele nos melhores momentos da carreira dele. Ele é uma grande inspiração para mim. Tenho muito orgulho de ter um pai como ele”.

No estilo “pai babão”, Rodrigo conta que divulgou vídeos de Rafael nas redes sociais, conta dos feitos do filho em algumas partidas, como defesas de pênalti. Lembra também que colocou um gramado no quintal da casa da família, em Imperatriz, para os dois treinarem juntos. Rodrigo contou ainda que a família optou por Rafael jogar no Goiás, que fica mais próximo de Imperatriz. E assim a relação dos dois segue firme “dentro e fora de campo”, como diz o jargão do futebol.

Rafael admirando o pai e ídolo durante passagem pelo Sampaio Corrêa ( Foto - Arquivo pessoal)
Rafael admirando o pai e ídolo durante passagem pelo Sampaio Corrêa ( Foto - Arquivo pessoal)


 

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