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Nada de popular: a moda hoje é ser econômico

Dois dos carros mais baratos do Brasil, Renault Kwid e Fiat Mobi, têm novidades em 2022 e são focados no consumo de combustível.

*Lucia Camargo Nunes

Atualizada em 26/03/2022 às 18h24
Foto: Divulgação / Renault
Foto: Divulgação / Renault

SÃO LUÍS - Enquanto as montadoras surfam na onda dos SUVs e de modelos de maior rentabilidade, os carros de entrada, que nem podemos mais chamar de “populares”, ficam cada vez mais escassos. Hoje, um zero-km mais acessível está próximo de R$ 60 mil.

Dois carros mais em conta do país apresentaram novidades, tendo no consumo de combustível seu maior apelo. Afinal, gasta-se a partir de R$ 250 para encher um tanque.

Kwid: 15,3 km/l com gasolina

A novidade mais recente vem da Renault, com a segunda geração do Kwid. Além dos novos design e conteúdos, o subcompacto recebeu atualização em seu motor 1.0 de até 71 cv: o mesmo 3 cilindros anterior traz nova calibração e outros recursos para melhorar o consumo.

De acordo com as medições do Inmetro, na cidade com gasolina, o Kwid faz 15,3 km/l e com etanol, 10,8 km/l. Na estrada, respectivamente, o Renault faz 15,7 (gasolina) e 11 (etanol) km/l.

Foto: Renault
Foto: Renault

Por a partir de R$ 59.890, o Kwid na versão Zen já como linha 2023 traz ar-condicionado, direção elétrica, vidros dianteiros e travas elétricas, rádio com USB e Bluetooth, computador de bordo e luzes diurnas em LEDs. Para a segurança, são 4 airbags, controles de tração e estabilidade e assistente de partida em rampa. O porta-malas de 290 litros tem abertura interna e as rodas são de aço com 14”.

(Nota da editora: as imagens do novo Kwid são meramente ilustrativas. Não conseguimos fotos do carro na versão Zen e as que ilustram esta reportagem são da versão intermediária, Intense.)

Mobi: 700 km com um tanque

A Fiat também tem novidades para o Mobi 2022. Sem o Uno no portfólio, que saiu de linha, a montadora de Betim (MG) precisa reforçar as qualidades de seu modelo de entrada.

A maior novidade do Mobi são as mudanças no motor 1.0 que ficou mais eficiente e passa a render 74 cv de potência com etanol (era 75) e 71 cv com gasolina (o anterior rendia 73 cv). Houve ainda uma ligeira perda de 0,2 kgfm de torque.

Foto: Stellantis
Foto: Stellantis

Vamos ao consumo: na cidade, com gasolina, faz 13,5 km/l e com etanol, 9,6 km/l (antes era 13 e 8,9 km/l). Na estrada, 15 km/l (gasolina) e 10,4 km/l (etanol) – na versão anterior fazia 14/10 km/l). Pelos cálculos da montadora, o Mobi chega a rodar 700 km com um tanque, que leva 47 litros.

Agora, o Mobi deixa de ter o tanquinho de gasolina para partidas a frio e como no Kwid, a linha 2022 do Fiat traz o monitor da pressão dos pneus.

Na versão Like, o Fiat Mobi custa R$ 61.740, com ar, direção hidráulica, vidros e travas elétricas, computador de bordo, pré-disposição para rádio (2 alto-falantes dianteiros) e rodas de aço de 14”.

Conclusão

Nessa comparação, o Renault leva algumas vantagens. Primeiramente pela renovação visual e já vir como versão 2023, o que é favorável em sua revenda. O Kwid também oferece mais itens de segurança e conveniência que o rival da Fiat, como direção elétrica e rádio, porta-malas maior, custa menos e seu consumo é melhor.

O Mobi 2022 teve de baixar sua potência e torque, o que beneficiou o consumo em relação ao antecessor. Já o Kwid 2023 ganhou alguns cavalos e ainda melhorou a marca de consumo.

Só que o Fiat, por possuir tanque maior (47 x 38 litros) tem autonomia de até 700 km enquanto o Kwid chega a quase 600 km. O Mobi também facilita a vida do motorista ao dispensar o tanquinho de gasolina (quem se lembra dele?) para as partidas a frio e sua potência, um pouco maior, pode fazer a diferença quando se usa o ar-condicionado.

Fontes: Renault e Fiat
Fontes: Renault e Fiat

Honda City Hatchback entra em pré-venda

A Honda iniciou a pré-venda do New City Hatchback, modelo fabricado em Itirapina (SP), sucedendo o Fit, que saiu de linha. A previsão é que chegue às lojas em março. A montadora destaca seu amplo espaço interno, design mais esportivo, com carroceria longa, larga e baixa.

Por dentro, promete conforto com o novo Sistema de Estabilização Corporal, uma tecnologia antifadiga adotada nos bancos para melhorar o suporte do corpo, evitando o esforço constante para a retomada do posicionamento ideal, que é justamente o que traz a sensação de cansaço.

Foto: Honda
Foto: Honda

As duas versões trazem de série o Honda Sensing, pacote de segurança que inclui: controle de cruzeiro adaptativo, frenagem para mitigação de colisão, assistência de permanência em faixa, mitigação de evasão de pista e ajuste automático de farol.

O motor é o mesmo do sedã: flex 1.5 de até 126 cv de injeção direta com consumo acima da média: pelos dados do Inmetro faz com etanol 9,1 km/l na cidade e 10,5 km/l na estrada. Com gasolina, respectivamente: 13,3 e 14,8 km/l.

Por R$ 114.200 (EXL) e R$ 122.600 (Touring), o City Hatchback traz de série ar-condicionado digital e automático, central multimídia touchscreen de 8” com conexão sem fio, câmera de ré multivisão, sensores de estacionamento traseiros, bancos revestidos em couro e painel digital TFT de 7”. A versão Touring oferece ainda sensores de estacionamento dianteiros.

Picapona 3500 chega em breve

Agora é oficial. A RAM confirmou seu próximo lançamento no Brasil: a 3500, terceira picape da marca, na versão Heavy Duty e equipada com o motor diesel mais potente do mercado: Cummins 6.7 de seis cilindros que entrega 377 cv e brutais 117,27 kgfm de torque.

Foto: Stellatins
Foto: Stellatins

A picape grandalhona leva 1.752 kg de carga e terá capacidade para rebocar até 9 toneladas. Preços e demais detalhes serão divulgados na próxima semana. Além da 3500, a RAM oferece atualmente os modelos 1500 Rebel V8 5.7 a gasolina de 400 cv e a 2500 turbodiesel com o mesmo Cummins 6.7 mas potência um pouco menor que a 3500, de 365 cv. Ambas partem de R$ 469.990.

Ou seja, a nova 3500 deve ultrapassar os R$ 500 mil!

*Lucia Camargo Nunes é economista e jornalista especializada no setor automotivo. Matéria especial para o Imirante.com

Nada de popular: a moda hoje é ser econômico

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