Revezamento da tocha

Atleta olímpico na bronca por ter sido ''esquecido'' em revezamento

China esteve em Atlanta, mas ficou de fora do revezamento da tocha em SL.

Paulo de Tarso Jr./Imirante Esporte

Atualizada em 27/03/2022 às 11h32
Com agasalho da Olimpíada de Atlanta, China exibe recordação de 1996.
Com agasalho da Olimpíada de Atlanta, China exibe recordação de 1996. (Paulo de Tarso Jr./Imirante Esporte)

SÃO LUÍS – A festa pela passagem da chama olímpica pelo Maranhão foi bonita, mas muita gente ficou na bronca pela ausência de nomes importantes do esporte maranhense. Pessoas de diversas áreas e até de fora do Estado estiveram conduzindo a chama olímpica nas cidades de São Luís, Barreirinhas e Imperatriz pelos mais diversos motivos. Uns foram escolhidos pela organização do evento, outros por patrocinadores. O certo é que muitos atletas acabaram sendo “esquecidos”. O tema já havia sido abordado nos blogs de Zeca Soares e Jorge Gobel.

Um destes “esquecidos” foi o ex-atleta da Seleção Brasileira de Handebol, China. Para quem não se lembra, China foi um dos poucos maranhenses a disputar uma Olimpíada. Em 1996, o ex-atleta estava na equipe nacional na Olimpíada de Atlanta. No entanto, China não fez parte do seleto grupo de 140 pessoas que conduziram a tocha em São Luís e muito menos dos 14 condutores em Barreirinhas ou dos 75 de Imperatriz.

O “esquecimento” fez o ex-atleta se pronunciar por meio das redes sociais. Em sua conta no Facebook, China lamentou que nem todos os atletas olímpicos do Maranhão tenham sido convidados a conduzir a tocha olímpica.

“Não sou contra a participação de pessoas que tenham história de vida exemplar, de superação etc., até porque a função do esporte é de justamente integrar e mesclar pessoas, culturas, credos etc., mas não colocar 10 atletas olímpicos foi digno de quem não sabe realmente o que é o espírito olímpico. Pelo menos vimos alguns, pena que estando todos os 10 atletas maranhenses vivos, não participaram da festa que um dia ajudaram a construir e literalmente com muito suor”, escreveu.

Alguns dos atletas olímpicos maranhenses que conduziram a tocha em São Luís foram Iziane Castro, Ana Paula Rodrigues, José Carlos Moreira (Codó) e Sílvia Helena.

Leia o desabafo do ex-atleta olímpico

O Maranhão estado que tem mais de 6 milhões de habitantes e onde somente 10 atletas participaram das olimpíadas e onde tivemos mais de 140 pessoas conduzindo a tocha olímpica, não convidar esses 10 atletas que foram, que já suaram e que são exemplos a ser seguidos para o esporte, afinal de contas estamos falando de olimpíadas e paraolimpíadas, é um contra-senso total. Não adianta os mal informados ou defensores virem dizer que foi porque patrocinador X, Y ou Z tiveram a maior parcela e indicou a grande maioria. Isso é desculpa de quem quer defender dirigente ou secretário, prefeito ou governador.

Não sou contra a participação de pessoas que tenham história de vida exemplar, de superação etc., até porque a função do esporte é de justamente integrar e mesclar pessoas, culturas, credos etc., mas não colocar 10 atletas olímpicos foi digno de quem não sabe realmente o que é o espírito olímpico. Pelo menos vimos alguns, pena que estando todos os 10 atletas maranhenses vivos, não participaram da festa que um dia ajudaram a construir e literalmente com muito suor.

Um deles pra mim representaria todos, Ary Façanha, ele foi às olimpíadas de Helsinque, na Finlândia em 1952 e de 1956 em Melbourne, na Austrália, representando o atletismo. Foi um dos idealizadores dos Jogos Escolares Brasileiros. Hoje nosso desbravador olímpico está com 88 anos e não conduziu a tocha olímpica em sua terra natal.

China do Handebol.

Atleta olímpico em 1996 em Atlanta e campeão dos jogos pan-americanos em 2003 com a seleção Brasileira de handebol.

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