SÃO LUÍS – A festa pela passagem da chama olímpica pelo Maranhão foi bonita, mas muita gente ficou na bronca pela ausência de nomes importantes do esporte maranhense. Pessoas de diversas áreas e até de fora do Estado estiveram conduzindo a chama olímpica nas cidades de São Luís, Barreirinhas e Imperatriz pelos mais diversos motivos. Uns foram escolhidos pela organização do evento, outros por patrocinadores. O certo é que muitos atletas acabaram sendo “esquecidos”. O tema já havia sido abordado nos blogs de Zeca Soares e Jorge Gobel.
Um destes “esquecidos” foi o ex-atleta da Seleção Brasileira de Handebol, China. Para quem não se lembra, China foi um dos poucos maranhenses a disputar uma Olimpíada. Em 1996, o ex-atleta estava na equipe nacional na Olimpíada de Atlanta. No entanto, China não fez parte do seleto grupo de 140 pessoas que conduziram a tocha em São Luís e muito menos dos 14 condutores em Barreirinhas ou dos 75 de Imperatriz.
O “esquecimento” fez o ex-atleta se pronunciar por meio das redes sociais. Em sua conta no Facebook, China lamentou que nem todos os atletas olímpicos do Maranhão tenham sido convidados a conduzir a tocha olímpica.
“Não sou contra a participação de pessoas que tenham história de vida exemplar, de superação etc., até porque a função do esporte é de justamente integrar e mesclar pessoas, culturas, credos etc., mas não colocar 10 atletas olímpicos foi digno de quem não sabe realmente o que é o espírito olímpico. Pelo menos vimos alguns, pena que estando todos os 10 atletas maranhenses vivos, não participaram da festa que um dia ajudaram a construir e literalmente com muito suor”, escreveu.
Alguns dos atletas olímpicos maranhenses que conduziram a tocha em São Luís foram Iziane Castro, Ana Paula Rodrigues, José Carlos Moreira (Codó) e Sílvia Helena.
Leia o desabafo do ex-atleta olímpico
O Maranhão estado que tem mais de 6 milhões de habitantes e onde somente 10 atletas participaram das olimpíadas e onde tivemos mais de 140 pessoas conduzindo a tocha olímpica, não convidar esses 10 atletas que foram, que já suaram e que são exemplos a ser seguidos para o esporte, afinal de contas estamos falando de olimpíadas e paraolimpíadas, é um contra-senso total. Não adianta os mal informados ou defensores virem dizer que foi porque patrocinador X, Y ou Z tiveram a maior parcela e indicou a grande maioria. Isso é desculpa de quem quer defender dirigente ou secretário, prefeito ou governador.
Não sou contra a participação de pessoas que tenham história de vida exemplar, de superação etc., até porque a função do esporte é de justamente integrar e mesclar pessoas, culturas, credos etc., mas não colocar 10 atletas olímpicos foi digno de quem não sabe realmente o que é o espírito olímpico. Pelo menos vimos alguns, pena que estando todos os 10 atletas maranhenses vivos, não participaram da festa que um dia ajudaram a construir e literalmente com muito suor.
Um deles pra mim representaria todos, Ary Façanha, ele foi às olimpíadas de Helsinque, na Finlândia em 1952 e de 1956 em Melbourne, na Austrália, representando o atletismo. Foi um dos idealizadores dos Jogos Escolares Brasileiros. Hoje nosso desbravador olímpico está com 88 anos e não conduziu a tocha olímpica em sua terra natal.
China do Handebol.
Atleta olímpico em 1996 em Atlanta e campeão dos jogos pan-americanos em 2003 com a seleção Brasileira de handebol.
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