Caso Héverton

Promotor responsável por caso Héverton afirma: "Lusa foi vítima"

Senise ressaltou que a Lusa não "vendeu" a vaga na Série A.

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 11h48

SÃO PAULO - Cinco pessoas podem estar envolvidas no erro que levou a Portuguesa a escalar o meia Héverton na partida contra o Grêmio, na última rodada da Série A de 2013. Pelo menos, é o que explica o promotor Roberto Senise Lisboa, que comanda o inquérito civil instaurado pelo Ministério Público de São Paulo, responsável pela investigação do “caso Héverton”. Em entrevista concedida nesta quarta-feira, o promotor fez questão de assegurar que o ex-presidente da Lusa, Manuel da Lupa, não é o único nome em pauta na apuração, e confirmou o clube do Canindé como possível vítima da ação premeditada dos cartolas.

“É bom ficar claro que não é apenas o Manuel da Lupa, pelo quadro, há outros nomes que podem estar implicados. O doutor Manuel da Lupa, presidente do clube. O doutor Valdir (Rocha), à época diretor do departamento jurídico do clube. O senhor Roberto dos Santos, à época vice-presidente de futebol do clube, responsável pelo departamento de futebol. E dois outros funcionários do clube. Por enquanto, a investigação gira em torno desses nomes”, revelou Senise, em entrevista à TV Globo.

Senise fez questão de ressaltar que, ao contrário do que foi veiculado, a Portuguesa não “vendeu” a vaga na Série A, mas sim que o clube deve ser tratado como vítima nesse caso, possivelmente orquestrado pelos cartolas.

“A Portuguesa não vendeu a vaga. Ela foi vítima de uma possível venda de vaga, mas não há informação categórica nesse sentido. Não há como afirmar que houve recebimento de dinheiro. Se houve a venda, ela teria ocorrido por conta dos dirigentes, que à época executavam os atos da Portuguesa. Há uma possibilidade, indícios, de que um ou mais dirigentes tenham facilitado a venda da vaga. Estou aguardando informações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) justamente para identificar se conseguimos buscar eventuais contas beneficiadas nesse processo todo”, explicou o promotor.

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