São Luís 402 anos

Orla ludovicense e a prática de esportes na cidade

Kite Surf, Slackline, Patins e Skate são alguns dos esportes praticados pelos ludovicenses.

Jonas Sakamoto / Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h50
 Atletas mostram que o esporte é saúde e paixão.
Atletas mostram que o esporte é saúde e paixão.

SÃO LUÍS – Considerada a segunda maior extensão de areia do Brasil, a orla de São Luís oferece uma farta opção para a prática de esportes e a oportunidade de se vislumbrar com um pôr do sol de tirar o fôlego. Para comemorar os 402 anos da capital maranhense, o Imirante.com foi em busca de esportes como o Kite Surf, Skate, Patins e o Slackline que combinam com o cenário praiano da Jamaica Brasileira e mostrar que, apesar dos problemas, a capital possui um potencial para a prática de maneira segura e com responsabilidade.

Para isso, conversamos com alguns atletas que tentam levar, às vezes, uma jornada dupla a fim de conciliar as obrigações rotineiras com a paixão pelo esporte.

Patins

 Turma do Amigos do Patins em busca de energia e paixão pelo esporte. Foto: Divulgação
Turma do Amigos do Patins em busca de energia e paixão pelo esporte. Foto: Divulgação

Como é o caso do administrador Saulo Martins que pratica patins por volta de 4 a 5 vezes por semana e integra um grupo chamado Amigos do Patins, que se reúne para compartilhar conhecimento, dicas e aprendizados no mundo do Inline, como é mundialmente conhecido. Para ele, a orla oferece um bom lugar para os treinos que, na maioria das vezes, é um pouco complicado por conta de uma segurança, falta de respeito por parte dos motoristas, uma sinalização adequada e estado das vias públicas. Mas que, apesar disso, a natureza brinda com um pôr do sol exuberante que reflete a tranquilidade que o partins proporciona.

Saulo ainda complementa compartilhando que o intuito do grupo é criar uma estrutura para que os praticantes possam realizar os treinos com segurança e responsabilidade e trazer mais adeptos.

Kite Surf

 Turma do Kite Surf encontra nos esporte a
Turma do Kite Surf encontra nos esporte a "liberdade" nos ventos. Foto: Jonas Sakamoto / Imirante.com.

Algo similar, mas que já acontece há anos com os praticantes de Kite Surf na ilha de São Luís. João Crizantemo, que é Planejador de Obras, pratica o esporte com mais 30 pessoas e procuram sua “liberdade” em meio a manobras e solitude na brisa da maré e ventos constantes. Com ele, a ucraniana e engenheira Natalya Pavlova, encontra no esporte uma maneira de relaxar na orla da capital. João comenta que a orla de São Luís é bela por natureza, mas que é mal cuidada.

Aos curiosos que têm um desejo de praticar o Kite Surf, o equipamento para a prática é basicamente formado por uma pipa, colete, barra, linhas, trapézio, entre outras coisas e tudo custa em média R$ 7 mil reais.

Slackline

 Turma do Katrax Slackline em busca de equilíbrio na fita e na vida. Foto: Divulgação
Turma do Katrax Slackline em busca de equilíbrio na fita e na vida. Foto: Divulgação

Já com a turma do Slackline, esporte que consiste a busca do equilíbrio em cima de uma fita de nylon de 5 cm de largura, busca, também, na praia uma maneira para buscar sua paz interior em meio a vista esplêndida que a orla proporciona. “O Slackline, além dos exercícios, me trouxe excelentes amizades que chamamos sempre família SlackLife. Sou praticante do Highline (modalidade que é feita em grandes altitudes) e Trickline (modalidade voltada para manobras e saltos) e sempre depois de um tempo surge a curiosidade e alguém que quer praticar”, comenta o Analista de Sistema Lívio Rodrigues, que conheceu o esporte por curiosidade e hoje se arrisca em meio a manobras e a experiência de medo e paz que o Slackline proporciona.

Um dos points ou picos, como os praticantes chamam, mais procurados para os treinos fica situado na Praia do Caolho e de lá é possível ter uma boa noção do que é o pôr do sol da capital, em que o céu azul dá lugar ao um tom alaranjado e assim dando vez à noite.

Lívio comenta, também, que o esporte é novo e é importante o incentivo para difundi-lo e para isso é necessária uma infraestrutura e apoio por parte de autoridades competentes, pois esporte é saúde e o cidadão só tem a ganhar com a prática.

Skate

 Turma do Skate dando a alma pelo esporte. Foto: Divulgação.
Turma do Skate dando a alma pelo esporte. Foto: Divulgação.

“A orla tem a vista do pôr do sol mais irado da cidade, nos proporciona integração com a natureza e uma atividade física agradável”, assim resume o fotógrafo e praticante de Longboard e Downhill, Carlos Brasileiro (Papito). Papito, como popularmente é conhecido, pratica Longboard em vários pontos da cidade, mas tem um carinho especial pela orla e, apesar dos problemas de infraestrutura e manutenção, busca exercitar suas habilidades em cima da prancha de maneira sempre apaziguadora.

Atualmente em São Luís é nítida a ausência de espaços propícios para a prática segura de esportes e restam aos atletas disputar vias com carros, motos e ônibus. A única alternativa segura ocorre aos domingos pela manhã em uma das vias da Avenida Litorânea, em que uma das faixas é fechada para que a população possa desfrutar de um espaço para a prática de esportes como os citados acima, corrida e lazer de maneira geral. Talvez se houvesse uma infraestrutura, planejamento e organização, a cidade poderia ser um pólo de formação nos mais variados esportes e educação física, porque potencial e vontade dos atletas a capital tem de sobra nesse ano que São Luís comemora 402 anos.

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