Artilheiro do Brasil

'Dá para marcar uma pá de gols ainda', diz Rafael Oliveira

Meia já tem 17 gols marcados no ano e ajudou a colocar o Paysandu em mais uma final no Pará.

Marcello Carrapito, Globoesporte.com

Atualizada em 27/03/2022 às 12h40

BELÉM - Enquanto o Campeonato Brasileiro não começa, a temporada 2011 já se aquece com os Estaduais e a Copa do Brasil. Neste embalo, um artilheiro vem se destacando na liderança do Prêmio Friedenreich, inclusive desbancando feras como Liedson, do Corinthians, Leandro Damião, convocado recentemente para a Seleção Brasileira, do Internacional, e Elano, do Santos. Não, não é em São Paulo. Tampouco no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minais Gerais, Bahia ou Pernambuco. É do Pará, mais precisamente de Belém, o jogador que mais balançou as redes em todo o país até o momento. Rafael Oliveira, meia-atacante do Paysandu, já tem 17 gols no ano.

O atacante, de 25 anos, marcou duas vezes na vitória por 3 a 2 sobre o Cametá, na final da Taça Cidade de Belém – o primeiro turno do Campeonato Paraense -, que garantiu o Papão da Curuzu na final do Estadual. De quebra, ultrapassou o rival Leandro Cearense, do próprio Cametá, que já anotou 15.

Formado nas categorias de base do Paysandu, Rafael Oliveira tem média de 1,8 gol por jogo, se levar em consideração que o time disputou 11 jogos oficiais (nove pelo Estadual e dois pela primeira fase da Copa do Brasil). Sem esconder a modéstia, revela que o faro de goleador o acompanhou desde cedo.

- Na base sempre fui artilheiro, mas como profissional é a primeira vez. É uma honra ser o artilheiro do Brasil. É muito bom saber disso porque dá mais confiança para os demais jogos. Tenho 17 gols só no primeiro turno, então dá para marcar uma pá de gols ainda – projetou o goleador.

Apesar da pouca idade, Rafael rodou o Brasil. Com passagens por Santa Cruz, Salgueiro, Oeste de Itápolis, Boavista-RJ, São José-POA e São Raimundo-PA, onde conquistou a Série D do Brasileirão sobre o Macaé-RJ em 2009, antes de retornar ao Paysandu, a revelação do Papão da Curuzu não pensa em deixar o país para fazer carreira no exterior tão cedo.

- Recebi sondagem de um time na China, mas no momento quero ficar aqui. Falaram pessoalmente comigo, mas passei para o presidente (Luiz Omar Pinheiro). Só saio se for algo bom para mim e para o clube – revelou, antes de ter o seu contrato renovado até 2014.

‘É um animal’, afirma Sérgio Cosme

Carioca e com vários clubes no currículo como Fluminense, Vasco, Grêmio, Atlético-PR e Portuguesa, o técnico Sérgio Cosme rasgou elogios ao falar do seu artilheiro. Para o comandante do Papão da Curuzu, Rafael Oliveira é um jogador surpreendente.

- É um ‘animal’. Pelo vigor físico e pela técnica. Joga em qualquer time do Brasil e, na minha modesta opinião, na Europa também. Ajuda taticamente, é obediente. Um meia-atacante com muita força e que sai para os lados. Tem muita movimentação e puxa contra-ataque. Ganha no corpo de qualquer adversário. É uma realidade para qualquer clube do futebol mundial – afirmou o treinador, que, além da Taça Cidade de Belém, liderou o Paysandu na conquista do Torneio Internacional de Paramaribo, reconhecido pela Fifa, no Suriname, em janeiro.

Garantido na decisão do Campeonato Paraense, o Paysandu volta a campo nesta quarta-feira, às 19h30m (de Brasília), contra o Bahia, no Mangueirão, pela segunda fase da Copa do Brasil. No entanto, a presença de Rafael Oliveira não está garantida. O atacante se recupera de lesão, mas promete se esforçar para estar em campo contra o Esquadrão de Aço.

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