Fórmula 1

Jornal italiano põe Bruno Senna no lugar de Rubinho

Globoesporte.com

Atualizada em 27/03/2022 às 13h24

ROMA - Segundo homem mais rico do mundo, o milionário mexicano Carlos Slim será o salvador da equipe Honda de Fórmula 1. O anúncio ainda não é oficial, mas é dado como certo pelo jornal italiano “La Stampa”. A reportagem garante ainda que o brasieliro Bruno Senna vai tomar o lugar do veterano Rubens Barrichello para fazer dupla com Jenson Button na temporada 2009.

O site oficial da Honda não fala nada sobre a negociação, mas, de acordo com o diário italiano, a divulgação da compra por Slim será feita após serem formalizados os detalhes de transferência de propriedade da equipe. A relação de Bruno Senna com o milionário mexicano é antiga, já que o brasileiro é patrocinado pela empresa de telecomunicações Embratel, de propriedade de Slim.

Aos 68 anos, Carlos Slim tem uma fortuna estimada em R$ 195 bilhões, ficando atrás apenas do investidor americano Warren Buffet na lista dos homens mais ricos do planeta. Na semana passada, ele já havia protagonizado uma cena insólita na Honda, quando foi conhecer a fábrica de Brackley, na Inglaterra. Seu helicóptero era tão grande que não pôde descer no heliporto da planta, obrigando os funcionários da equipe a esvaziarem o estacionamento para que ele pudesse descer.

Slim terá consultoria dos japoneses no primeiro ano

A aquisição por parte de Carlos Slim vai terminar com um período de incertezas na escuderia, que começou com a crise financeira que abalou o mundo este ano. Segunda maior montadora do Japão, a Honda era uma das maiores investidoras da Fórmula 1, mas teve problemas com a queda nas vendas de carros de passeio, sendo obrigada a reduzir a produção e cortar custos.

Segundo a proposta inicial de venda da Honda, Carlos Slim terá todo o suporte da montadora em seu primeiro ano, além de poder contar ainda com os experientes Nick Fry e Ross Brawn na escuderia. A experiência dos japoneses na Fórmula 1 é antiga, com a Honda tendo estreado na categoria em 1964. Em 1968, a equipe abandonou as pistas, voltando em 1983 apenas como fornecedora de motores. Nesse período, os japoneses conquistaram seis títulos mundiais, sendo que três deles com Ayrton Senna, tio de Bruno, no volante.

Com o fim da era turbo, a montadora deixou a Fórmula 1, voltando então em 2000, novamente fornecendo motores, desta vez para a BAR, além de dar consultoria no desenvolvimento do carro. Em 2006, os japoneses anunciaram a compra da escuderia, trocando o nome para Honda. A empresa também tinha participação não-oficial na Super Aguri, equipe que abandonou o grid após quatro corridas da última temporada por problemas financeiros.

Chegada de Bruno Senna marca saída de Rubinho

A presença de Bruno Senna na equipe vai marcar também o adeus de Rubens Barrichello após duas temporadas dele ao lado de Jenson Button. A saída de Rubinho, porém, já era previsível, na medida em que a Honda havia confirmado Button por mais um ano e vinha testando novos pilotos. Desde o fim da temporada 2008, a escuderia testava os brasileiros Lucas di Grassi e Bruno Senna, com vantagem para o segundo, que teve números melhores em Barcelona.

Vice-campeão da GP2, Bruno vai chegar à Fórmula 1 com a responsabilidade de carregar um dos sobrenomes mais famosos da categoria. Tricampeão mundial, Ayrton Senna é lembrado por muitos como um dos maiores pilotos da história da categoria. Bruno, por seu lado, chega sem muita experiência, tendo voltado às pistas em 2005, após ter interrompido a sua curta carreira em 1994 devido à morte do tio em Imola, mas com a fama de ter muita categoria.

Após correr em 2005 nas Fórmulas BMW e Renault, Bruno Senna se transferiu para a Fórmula 3 inglesa, onde começou a se projetar como um novo talento e terminou na terceira colocação do Mundial. Em 2007, Bruno dava os primeiros sinais de que gostaria de correr na Fórmula 1 e se transferiu para a GP2. Oitavo colocado em sua primeira temporada na categoria, Senna passou a um dos principais favoritos ao título no ano seguinte. Depois de figurar na primeira colocação durante a temporada, Bruno Senna acabou ultrapassado no fim por Giorgio Pantano, que ficou com o título.

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