CHICAGO, EUA - No penúltimo amistoso antes da estréia nas Eliminatórias para Copa do Mundo de 2010, a seleção brasileira derrotou os Estados Unidos por 4 a 2, em Chicago, em uma partida na qual, assim como no Futebol Americano (e não no nosso “soccer”), os zagueiros viraram artilheiros, marcando três gols no duelo (contra o próprio patrimônio, inclusive) e com Ronaldinho dando uma de “quarterback” fazendo lançamentos precisos e cobrando faltas como se estivesse usando a mão.
Além da vitória, o time do técnico Dunga, que escalou Gaúcho e Kaká desde o início da partida, teve uma boa atuação com os craques de Barcelona e Milan, respectivamente, além do atacante Robinho, se movimentando bastante e, em alguns momentos, empolgando os torcedores americanos no estádio Soldiers Field, principalmente na etapa inicial.
O jogo
Apesar do péssimo estado do gramado, que um dia antes recebeu um jogo de Futebol Americano, o Brasil começou a partida pressionando os anfitriões. Logo aos cinco minutos, em boa tabela com Maicon, Robinho arriscou chute do lado direito e acertou a rede pelo lado de fora. Três minutos depois, Ronaldinho deu um lançamento primoroso para Afonso que, no meio de dois zagueiros, dominou e chutou acertando o pé da trave.
Aos 20 minutos, em um lance fortuito e despretensioso, os Estados Unidos, que não tinham chegado nenhuma vez ao ataque, abriram o placar. Após cobrança de escanteio de Donovan, a defesa do Brasil cochilou feio e o zagueiro Bocanegra mostrou faro de artilheiro dentro da pequena área e colocou no fundo das redes.
Mas sem se desesperar, o Brasil, que vinha tendo uma boa atuação apesar do gramado ruim , chegou ao empate aos 32 minutos. Em jogada de velocidade e toque de bola rápido, Robinho arrancou pelo meio, tocou para Ronaldinho que, com um passe, deixou Kaká na cara do gol. O craque do Milan bateu de chapa para Howard defender parcialmente e, no rebote, a bola bateu no zagueiro Onyewu - que, curiosamente, parece um irmão gêmeo do atacante Adriano, do Inter de Milão - e morreu no fundo do gol.
Robinho faz linda jogada individual pela esquerda, deixa dois americanos na saudade e, ao entrar na área, sofre pênalti de Onyewu. No entanto, a falta é ignorada pelo árbitro mexicano que, inclusive, dá cartão amarelo para o ex-santista por simulação.
Virada e susto
Lúcio, aos sete minutos, foi para o ataque e, de cabeça, após cobrança de escanteio de Ronaldinho, virou o placar para o Brasil. No lance, o goleiro Howard caiu de mau jeito e acabou deslocando o dedo da mão esquerda. Atendido, o jogador, inacreditalvemente, continuou em campo.
Com o resultado na mão, Dunga fez uma série de substituições enquanto, dentro de campo, o time passou a tocar mais a bola e deixou os EUA pressionar. Aos 27 minutos, o castigo: Cherundolo fez boa jogada pela direita e rolou para Dempsey chutar sem chances para Doni.
Mas a festa americana durou pouco. Aos 29, Ronaldinho, com uma cobrança de falta que pareceu ter sido feita com a mão (seria um “quarterback” surgindo para a NFL?), colocou o Brasil à frente do placar novamente. Na comemoração, o craque dentuço repetiu o gesto de embalar um neném como Bebeto fez na Copa de 1994. Aos 45 minutos, a pá de cal no time da Terra do Tio Sam. Júlio Baptista sofre pênalti e, na cobrança, Elano fecha o placar. O gol marcou a primeira vitória do Brasil com dois gols de diferença sobre os EUA na história das duas seleções.
Na próxima quarta-feira, o Brasil volta a campo para enfrentar o México, na cidade de Boston, no ultimo teste antes do compromisso que realmente vale, contra a Colômbia, no dia 14 de outubro, fora de casa, pelas Eliminatórias.
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.