SILVERSTONE - Boa parte dos cerca de 3 mil profissionais que se desloca com a Fórmula 1 pelo mundo estará atenta, nesta sexta-feira, ao jogo de abertura da Copa do Mundo, entre Alemanha e Costa Rica, em Munique. Um pouco antes, porém, vai desejar saber o que a associação dos pilotos, a GPDA, decidirá com relação a Michael Schumacher, por ter obstruído deliberadamente a pista no final do treino de classificação, em Mônaco. Conforme já disse antes, não tenho nada para me desculpar”, afirmou o alemão da Ferrari. “Cometi um erro ao exigir demais do carro, só isso. E erros você pode cometê-los em qualquer fase da sua carreira.”
Desde que Schumacher surgiu na Fórmula 1, em 1991, a presença alemã na competição cresceu tanto que hoje rivaliza com os ingleses e italianos em investimentos e número de pessoas envolvidas com o Mundial. Por isso, a primeira participação da Alemanha na Copa em seu país está gerando enorme interesse também na Fórmula 1. “Claro que vou acompanhar a partida”, disse Schumacher que, junto dos demais pilotos, solicitou para antecipar a tradicional reunião de sexta-feira às 17 horas com o diretor de prova, o inglês Charlie Whiting. O piloto esteve com a delegação de seu país pouco antes da corrida de Mônaco. “Não foi uma novidade porque já os conhecia. O que posso dizer é que vi um grupo extremamente confiante.”
Sobre Schumacher, Bernie Ecclestone, promotor da Fórmula 1, disse que o piloto seguirá na Ferrari em 2007: “Ganhe ou perca o campeonato.” Nem sempre acerta, mas se proceder mesmo sua informação, Schumacher seria companheiro de Kimi Raikkonen, já de contrato assinado, a não ser que a opção Renault para o finlandês se concretize mesmo, sempre possível na Fórmula 1.
Não havia indícios, nesta quinta-feira, de que a GPDA tomará medidas drásticas contra Schumacher, ao contrário do que os pilotos deram a entender depois do episódio de Mônaco. “Não vou a nossa reunião, como já não havia ido nos dois últimos encontros”, falou o campeão do mundo, Fernando Alonso, da Renault. “Para mim, a história do ocorrido em Mônaco terminou quando os comissários puniram Michael”, argumentou o espanhol, que de novo colocou Schumacher como “forte candidato” à vitória em Silverstone.
O alemão concordou: “A Ferrari mostrou em Mônaco ter ritmo até mesmo melhor que o da Renault. Estamos rápidos, não vejo motivo para não ser aqui na Inglaterra também.” Felipe Massa, seu companheiro na Ferrari, concorda. “Nos testes que fizemos em Barcelona encontramos um pneu que deverá surpreender aqui em Silverstone.”
Rubens Barrichello, da Honda, disse estar numa das suas pistas favoritas, ao lado de Spa e Suzuka, mas é realista: “Não dá para sonhar com vitória.” Os dois brasileiros vão também assistir à partida de abertura da Copa nas tevês do circuito de Silverstone, a partir das 17 horas, hora local.
Nesta sexta, haverá duas sessões de treinos livres do GP da Grã-Bretanha, oitavo do calendário, das 7 às 8 e das 10 às 11 horas, horário de Brasília.
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