A nova ordem mundial da Fórmula 1

GloboEsporte.com

Atualizada em 27/03/2022 às 14h35

RIO - O ano de 2004 terminou com mais um costumeiro domínio da Ferrari, que, pelo sexto ano consecutivo, conquistou o Mundial de Construtores, junto com cinco títulos seguidos do alemão Michael Schumacher. Em 2005, no entanto, a temporada começou com um passeio da Renault, que venceu os quatro primeiros GPs e estabeleceu a nova ordem no Mundial de Fórmula 1. Seguida sempre de perto da McLaren, a escuderia francesa teve na regularidade o maior trunfo, tanto de seu equipamento quanto do espanhol Fernando Alonso, que, com 123 pontos conquistados até este final de semana, dos 176 que a equipe tem no total, tornou-se, no GP do Brasil, com três corridas de antecipação, o campeão mundial mais jovem da categoria, com 24 anos.

Das 18 corridas disputadas até o momento, Alonso subiu no pódio em nada menos que 14, sendo seis delas no lugar mais alto. O piloto espanhol deixou de cruzar a linha de chegada em apenas três GPs. E foi este o fator diferencial na disputa pelo título de pilotos contra o finlandês Kimi Raikkonen, da McLaren. que tem uma vitória a mais no ano, mas deixou de terminar cinco provas. No GP da China, neste domingo, às 4h (de Brasília), com transmissão ao vivo da TV Globo, a disputa entre pilotos sai de cena, assim como no Japão, na semana passada, por um objetivo maior: o Mundial de Construtores, que é liderado pela Renault com apenas dois pontos a mais sobre a McLaren. No primeiro round deste final de semana, ponto para a equipe francesa, que garantiu a primeira fila no grid de Largada, com Alonso e o italiano Giancarlo Fisichella.

Fora da briga pelo título, o heptacampeão mundial Michael Schumacher vem mantendo um honroso terceiro lugar no Mundial de Pilotos. Ele foi o único piloto de fora das equipes Renault e McLaren a vencer uma corrida. Com 62 pontos, o alemão está, inclusive, à frente dos dois segundos pilotos de McLaren e Renault, respectivamente o colombiano Juan Pablo Montoya (60) e Fisichella (53).

A única vitória de Schumacher no ano, no entanto, aconteceu cercada de polêmica. No dia 19 de junho, um motim foi iniciado por Renault, McLaren, RBR, Williams, Sauber, BAR e Toyota, que se recusaram a participar da corrida. Era a guerra dos pneus. Usuárias da Michelan, as sete equipes entraram nos boxes logo após a volta de apresentação e a corrida em Indianápolis, justamente um dos maiores templos do automobilismo, registrou um recorde negativo e se tornou o GP com menos carros no grid na história da Fórmula 1. Apenas os carros de Ferrari, Jordan e Minardi, que usam pneus Bridgestone, participaram normalmente. Na oportunidade, Barrichello e Schumacher se alternaram na liderança e o alemão terminou vencendo, após uma ultrapassagem altamente discutível, na saída dos boxes, que gerou muitas reclamações dos brasileiros.

E no caso dos brasileiros, a temporada foi bastante discreta. Rubens Barrichello, que correrá pela BAR/Honda em 2006 e, portanto, faz sua última temporada pela Ferrari, chega ao último GP do ano apenas com a oitava posição entre os pilotos, com 38 pontos. Felipe Massa, da Sauber, substituto de Rubinho na escuderia italiana no próximo ano, é o 14º, com apenas oito pontos conquistados. Antonio Pizzonia, piloto de teste da Williams, participou apenas dos quatro últimos GPs, em substituição ao alemão Nick Heidfeld. O piloto amazonense, que não tem vaga garantida na Fórmula 1 para o ano que vem, marcou apenas dois pontos, no GP da Itália, quando chegou em sétimo.

O GP da China, neste domingo, marcará não apenas o final da temporada 2005, mas o encerramento das trajetórias de outras três equipes na Fórmula 1, além da BAR, comprada pela Honda: Jordan, Sauber e Minardi. Há dez meses, Eddie Jordan vendeu sua equipe ao milionário russo naturalizado canadense Alex Shnaider e vai passar a se chamar Midland. A Sauber, que leva o nome de seu, agora, ex-dono, Peter Sauber, foi vendida à BMW e voltará com o nome da montadora alemã.

No caso da Minardi, a empresa austríaca de bebidas Red Bull confirmou a compra da equipe, efetiva a partir de 1º de novembro. O nome da nova escuderia será Toro Rosso, que é a tradução para o italiano de Red Bull.

A equipe nova será dirigida por Franz Tost, que anteriormente trabalhou para a BMW Motorsport. Quanto aos nomes dos pilotos que farão parte das escuderias RBR e Toro Rosso, foram escolhidos o escocês David Coulthard, o suíço Neel Jani, o austríaco Cristian Klien e o americano Scott Speed.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.