Natação

Bruno Fratus conquista o bronze nos 50m livre nas Olimpíadas de Tóquio

O velocista, que tem 32 anos de idade, vai ao pódio em sua terceira final olímpica.

Imirante Esporte

Atualizada em 27/03/2022 às 11h02
Bruno Fratus encerrou os 50m livre com o tempo de 21s57 e se tornou o nono nadador do Brasil a subir ao pódio do megaevento em esportes individuais.
Bruno Fratus encerrou os 50m livre com o tempo de 21s57 e se tornou o nono nadador do Brasil a subir ao pódio do megaevento em esportes individuais. (Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA)

Os brasileiros continuam conquistando medalhas nas Olimpíadas de Tóquio 2020. Dessa vez foi Bruno Fratus, que garantiu o bronze nos 50m livre e deu ao Brasil a 4º medalha na história da modalidade. O velocista, que tem 32 anos de idade, vai ao pódio em sua terceira final olímpica.

"(O grito) está entalado desde 2011, quando disputei meu primeiro mundial. Depois, 2012 aquela Olimpíada do quase. Depois do Rio principalmente. Foi um grito de finalmente medalhista olímpico", disse o nadador após a conquista do bronze.

Na final, Fratus cravou 21s57, ficando somente dois centésimos atrás do francês Florent Manandou, que levou a prata. O ouro foi conquistado pelo norte-americano Caeleb Dressel, com 21s07, quebrando o recorde olímpico da prova, que pertencia ao brasileiro César Cielo (21s30). Ouro nos Jogos de Pequim (China), em 2008, Cielo segue como recordista mundial, com os 20s91 atingidos no Campeonato Brasileiro de 2009.

Com o tempo de 21s57, Fratus e se tornou o nono nadador do Brasil a subir ao pódio do megaevento em esportes individuais.

“Realizei meu sonho que começou quando eu tinha 11 anos de idade e não teria sido sem o suporte, o amor, a amizade de todo mundo que está até agora do meu lado e não abriu. Sem a palavra de quem duvidou. Essa é para vocês também”, declarou.

Foi a 91ª vez que o fluminense nadou na marca dos 21 segundos. Segundo a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), ele é o atleta que mais atingiu o tempo na história da prova.

Fratus já era candidato a medalha na prova cinco anos atrás, nos Jogos do Rio de Janeiro, após o bronze conquistado no Mundial de 2015, em Kazan (Rússia), mas ficou em sexto lugar. Nos dois Mundiais seguintes, conquistou a prata. Em 2019, conquistou o ouro dos 50 m livres nos Jogos Pan-Americanos de Lima (Peru). Resultados que consolidaram o brasileiro no cenário da disputa mais veloz da natação.

"Antes da prova, a Mi [Michelle Lenhardt, esposa e treinadora] disse para eu me permitir ser feliz. Vocês [jornalistas] sabem que tenho uma cobrança muito grande em cima de mim. Às vezes, meu trabalho psicológico é botar o pé no freio. Hoje [sábado] eu consegui não me cobrar tanto. Foi incrível", disse o nadador, que, após receber a medalha, quebrou o protocolo e correu até a esposa para beijá-la.

"Isso mostra o quanto você não faz a parada sozinho. Publicamente, queria agradecer dois caras. Um é o César [Cielo], que mostrou que era possível. No começo da carreira, se eu não tivesse a oportunidade de treinar e competir tantas vezes com o que eu acho ser o maior velocista da história, não teria chegado aqui. E agradecer ao Fernando Scheffer [bronze nos 200 m livre em Tóquio], que mostrou essa semana que era possível. Várias vezes, quando estava ansioso eu pensava: o Scheffão fez e você pode fazer também", completou.

A medalha de Fratus foi a 15ª da natação brasileira na história olímpica (uma de ouro, três de prata e 11 de bronze). Com dois pódios em Tóquio, o Brasil melhorou o desempenho em relação aos Jogos do Rio de Janeiro, quando passou em branco nas piscinas.

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