SÃO PAULO - Em busca de mais informações para as investigações de corrupção na Fifa, a Justiça do Estados Unidos ofereceu um acordo de delação premiada a Ricardo Teixeira. De acordo com a ESPN, os norte-americanos entraram em contato com o ex-presidente da CBF há cerca de dois meses, mas as altas exigências do brasileiro impedem um acordo.
Entre os pedidos de Teixeira estão imunidade completa e residência nos Estados Unidos. Porém, a imunidade só é possível se o denunciante tiver informações muito relevantes para o desfecho do caso. O ex-dirigente esteve no comando da maior entidade do futebol brasileiro entre 1989 e 2012 e deixou o cargo por problemas de saúde.
Integrante do comitê executivo da Fifa e da Conmebol, Teixeira negou que tenha sido procurado pelas autoridades dos Estados Unidos. É valido lembrar que, em caso de delação premiada, o colaborador não pode revelar a existência do acordo antes do prazo combinado ou perde o direito aos benefícios.
Embora sua gestão tenha sido marcada por diversas denúncias, como acusações de nepotismo no preenchimento de cargos na CBF e contratos superfaturados com fabricantes de artigos esportivos e detentoras dos direitos de transmissão, o ex-presidente também nega envolvimento em qualquer esquema de corrupção e suborno no tempo em que esteve à frente da entidade.
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