Caso Fifa

Blatter rebate acusações e diz: “deveria ter sido avisado das prisões na Fifa”

Os acusadores indicam a possível existência de uma carta escrita por João Havelange.

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 11h37
(Foto: Fabrice Coffrini/AFP. )

ZURIQUE - Nesta semana, a emissora britânica BBC veiculou uma matéria em que afirmava que o ex-presidente da Fifa, Josef Blatter, tinha conhecimento dos pagamentos de propinas a ex-dirigentes feitos pela empresa de marketing esportivos ISL nos anos 1990. Nesta sexta, entretanto, em entrevista publicada pelo jornal japonês Nikkei, Blatter garantiu que não sabia das práticas ilícitas.

“(Caso de propina) Está acabado, terminou. Foi resolvido no tribunal. E foi resolvido pelo comitê de ética da Fifa”, afirmou o dirigente suíço de 79 anos. “Está resolvido. Foi decidido por um tribunal na Suíça. Eles até foram para a corte máxima”.

Os acusadores indicam a possível existência de uma carta escrita por João Havelange, também ex-presidente da Fifa, indicando que Blatter tinha conhecimento das propinas, algo que vai contra a posição do suíço.

Blatter também respondeu sobre como viu o 2015 para a Fifa e aproveitou para reclamar por não ter sido avisado das ações deflagradas pela Justiça dos Estados Unidos junto à Suíça. “Foi um tsunami. As autoridades suíças deveriam ao menos ter me informado que uma coisa como essa aconteceria. Fiquei chocado quando eu vi, e com o que ainda está acontecendo, o que aconteceu nas diferentes confederações”, afirmou.

No entanto, o dirigente se eximiu de qualquer responsabilidade nos casos. “Eu não posso ser moralmente responsabilizado pelas más atividades dos membros de meu comitê executivo quando não tive chance de introduzi-los ou afastá-los.”

Atualmente, Blatter está afastado do comando da Fifa devido a uma suspensão de 90 dias imposta pelo Comitê de Ética da Fifa. Mesmo assim, o suíço já diz que pretende retornar à entidade em 5 de janeiro de 2016 – quando a punição se encerra -, sem temer que possa ser preso.

“Pelo menos eu posso preparar o congresso e sair da Fifa no momento em que eu ainda sou o líder do congresso, porque eu ainda sou o presidente da Fifa. (Abandonar?) Nós estamos em uma crise. Isso é educação militar: quando você está em uma crise, o comandante não deixa o comando”, finalizou.

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