SÃO PAULO - Fernando Alonso não tem pressa em vencer logo de cara na sua segunda passagem pela McLaren – esteve na equipe em 2007. Com vínculo firmado até o fim de 2017, o espanhol afirmou que está pronto para passar por um período de adaptação e não espera obter conquistas tão rapidamente.

“Estou aqui para ganhar, mas não no primeiro dia. Estou aqui para ganhar numa relação de longo prazo. Se precisarmos passar por um período de conhecimento, estou aqui para isso, me comprometi a trabalhar junto ao time”, declarou o bicampeão do mundo pela Renault.

De acordo com o asturiano, o projeto entre McLaren e Honda está se ajustando com a chegada de novas contratações e conforme o entendimento da nova filosofia implantada na equipe de Woking.

“Há alguns sinais de que as coisas estão melhorando e avançando, especialmente com relação a novos nomes. Mais pessoas que se juntaram ao time e à mudança de filosofia. Quando uma equipe não entrega 100% normalmente você procura fundo nos problemas e encontra as razões. Na McLaren há essa forma de trabalhar onde todos estão aqui para ganhar”, explicou o espanhol, que se viu “muito impressionado com o profissionalismo e a determinação” na fábrica da Honda, no Japão.

Inspirado por Ayrton Senna e pelo francês Alain Prost, tricampeões pela equipe britânica, Alonso relembrou os tempos de criança, quando assistia empolgado às batalhas entre os dois pilotos e não escondeu a determinação em voltar ao topo conduzindo a McLaren.

“Quando eu era uma criança, via as batalhas entre Senna e Prost, essas cores famosas e domínio. Cresci com essa idolatria e essa imagem do que ganhar a F1 significa. Agora, tenho a honra, a oportunidade e o privilégio de fazer parte dessa nova era da McLaren-Honda, e é inspirador”, completou.

Em sua primeira passagem na McLaren, no ano de 2007, Fernando Alonso não foi bem, terminando o Mundial em terceiro lugar após conquistar o bicampeonato consecutivo pela Renault. O piloto ainda teve desentendimentos com o chefe da equipe, Toto Wolff. Agora, o foco é para vencer onde não obteve sucesso no passado.

“Quando você deixa um lugar onde sentiu que não atingiu o que esteve lá para fazer, você quer voltar e terminar o trabalho. Foi o que eu senti, e estou certo de que vamos atingir agora”, encerrou.

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