Jogos Olímpicos

Ana Marcela Cunha faz boa prova, mas termina maratona aquática em quarto lugar; Viviane Jungblut é 11ª

Brasileiras ficam entre as líderes na disputa no Rio Sena, mas não conseguem medalha.

Com informações do COB

Ana Marcela terminou na quarta posição da maratona aquática
Ana Marcela terminou na quarta posição da maratona aquática (Luiza Moraes/COB)

A história de uma campeã não é feita só de medalhas! E nesta quinta-feira, 8, Ana Marcela Cunha escreveu mais um bonito capítulo de sua incrível trajetória no esporte. O quarto lugar na maratona aquática dos Jogos Olímpicos não rendeu o pódio, mas a colocou mais uma vez entre as maiores do mundo na modalidade.

A brasileira terminou a prova com o tempo de 2:04:15. A vencedora foi a holandesa Sheron van Rouwendaal, que havia sido prata em Tóquio. Moesha Johnson, da Australia, foi prata, enquanto Ginevra Taddeucci, da Itália, foi bronze.

"Eu acho que um quarto lugar é um abismo muito grande entre ter uma medalha. Em 2008, quando fui quinta não doeu tanto quanto agora. Mas acho que passei por uma cirurgia faz um ano. Simplesmente cheguei a ligar para minha família e psicóloga e disse que queria parar de nadar. É lógico que a gente queria muito uma medalha, mas tenho que ter muito orgulho do que eu fiz. Por mais que seja bem doloroso o quarto lugar, tenho que manter a cabeça erguida e olhar para frente. Não prometo os Jogos de Los Angeles, mas tem a Copa do Mundo. É virar uma página e ver como vai ser", disse Ana Marcela.

Quem também fez bonito no Rio Sena foi Viviane Jungblut, que terminou na 11ª colocação, com o tempo de 2:06:15.

Ana Marcela Cunha fez uma prova consistente. Desde a primeira volta se manteve no pelotão principal, sem deixar as líderes abrirem muita distância.

Alternância de posição 

A brasileira chegou a ocupar a terceira posição em alguns momentos, mas alternou entre quarto e sétimo lugares na maior parte do tempo. Viviane Jungblut também chegou a figurar entre as primeiras, mas foi perdendo energia com o passar das voltas.

"Faltou um pouquinho para aguentar um pouco mais o pelotão. Eu sabia que isso ia ser o grande diferencial. Faltou uma meia volta e as meninas acabaram abrindo. Ali foi quando pesou realmente. Eu realmente fiz bastante força no começo para tentar me manter nas primeiras posições. A gente queria mais, porém eu tenho noção de que entreguei o meu 100%. A prova foi bem diferente do que a gente estava habituada", afirmou Viviane.

Entretanto, quando chegou na última das seis voltas, Ana Marcela estava cerca de 30 segundos atrás do trio que liderava a prova. E aí ela não conseguiu colocar um ritmo para tirar essa diferença.

Ela ainda tentou acelerar para buscar a medalha, sobretudo quando nadava a favor da correnteza do Rio Sena, tirou seis segundos de diferença, mas não foi o suficiente para encostar.

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