Olimpíada

Seleção feminina reencontra Canadá por vaga na semifinal olímpica

Brasil perdeu duelo pelo bronze em 2016, mas retrospecto recente é bom.

Lincoln Chaves / Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h02
Jogo é pelas quartas de final da Olimpíada de Tóquio.
Jogo é pelas quartas de final da Olimpíada de Tóquio. (Foto: Sam Robles / CBF)

TÓQUIO - O adversário que a técnica Pia Sundhage mais vezes enfrentou no comando da seleção feminina de futebol está novamente no caminho. Nesta sexta-feira (30), as brasileiras encaram o Canadá pelas quartas de final da Olimpíada de Tóquio (Japão) às 5h (horário de Brasília), no estádio de Miyagi, na cidade de Rifu.

No comando do Brasil desde agosto de 2019, Pia encarou quatro vezes as canadenses. Em novembro daquele ano, a seleção atropelou as rivais: 4 a 0 no Torneio Internacional da China. Em março do ano passado, no Torneio Internacional da França, as equipes empataram por 2 a 2. Em fevereiro deste ano, o escrete canarinho superou as norte-americanas por 2 a 0 no She Believes, competição realizada em Orlando (Estados Unidos). Há pouco mais de um mês, em Cartagena (Espanha), os times não saíram do zero no último amistoso antes da Olimpíada.

Curiosamente, enfrentar o Canadá em um mata-mata olímpico costuma resultar em conquistas às equipes dirigidas por Pia. Nos Jogos de Pequim (China), em 2008, a técnica eliminou as rivais nas quartas de final e levou os Estados Unidos à medalha de ouro - contra o Brasil na final, inclusive. Quatro anos depois, em Londres (Grã-Bretanha), em 2012, novamente a frente das americanas, a sueca despachou as canadenses na semifinal.

"O Canadá é um bom time. Os jogos contra elas são apertados. Espero que seja um bom jogo e que consigamos fazer nosso melhor na defesa. Precisamos ter atenção na [atacante Christine] Sinclair, que é experiente [duas vezes medalhista de bronze, com mais de 300 jogos pela seleção] e inteligente. Não podemos deixá-la ter o domínio da partida", alertou Pia, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (29).

"Um detalhe que observamos nos jogos anteriores é que elas seguem um padrão de jogo. Temos que descobrir qual é esse padrão e preparar nossas jogadoras, especialmente no ataque. Quanto aos gols, creio ser a hora de marcarmos em jogadas de escanteio", completou a técnica.

O Brasil encerrou a primeira fase na segunda posição do Grupo F, com os mesmos sete pontos da líder Holanda, ficando atrás pelo saldo de gols. Na última terça-feira (27), as brasileiras superaram a Zâmbia por 1 a 0, gol de falta da meia Andressa Alves. Na ocasião, boa parte das titulares foi poupada e deve retornar contra o Canadá. O único desfalque certo é a zagueira Poliana, que sofreu uma pancada na cabeça diante das africanas e terá de fazer uma ressonância magnética para verificar se houve concussão.

A provável formação terá Bárbara; Bruna Benites, Érika, Rafaelle e Tamires; Formiga, Andressinha e Marta; Duda, Debinha e Bia Zaneratto.

Canadenses têm uma vitória e dois empates no Japão

O Canadá se classificou na segunda vaga do Grupo E, com uma vitória (2 a 1 sobre o Chile) e dois empates (1 a 1 com Japão e Grã-Bretanha). Há cinco anos, a seleção norte-americana frustrou o Brasil na disputa da medalha de bronze nos Jogos do Rio de Janeiro ao vencer o duelo (disputado em São Paulo) por 2 a 1. Doze das 18 atletas que integraram o elenco canadense em 2016 estão em Tóquio.

Contra o Brasil, o técnico Bev Priestman deve escalar; Stephanie Labbé; Ashley Lawrence, Vanessa Gilles, Kadeisha Buchanan e Jayde Riviere; Quinn, Sophie Schmidt, Janine Beckie e Deanne Rose; Adriana Leon e Christine Sinclair.

O ganhador terá pela frente quem avançar entre EUA e Holanda, que jogam às 8h, em Yokohama. Nos outros dois confrontos semifinais, o anfitrião Japão encara a Suécia em Saitama, às 7h. Mais cedo, às 6h, tem Grã-Bretanha e Austrália, em Kashima.

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