MUNDO - Minutos após a confirmação de Gianni Infantino como novo presidente da Fifa, representantes da FIFPro, espécie de organização que representa todos os atletas profissionais ao redor do globo, divulgaram um comunicado com críticas ao pacote de reforma aprovado horas antes do fim do pleito.
De acordo com o órgão, a maior distribuição de poderes entre as 209 federações filiadas à Fifa, respaldada pelo pacote de reformas, mascara o principal problema que deve ser combatido. Empoderar, de forma equivalente, as federações que fazem parte do quadro da Fifa limita as autoridades de olharem para os “reais atores” do jogo, grandes federações e sindicatos.
Para todos os efeitos, é inadmissível, na concepção do FIFPro, que federações como Andorra e Aruba tenham o mesmo peso nas decisões e autonomia em relação a grandes instituições do futebol mundial, como a Federação Inglesa ou Alemã.
“O FIFPro tem uma visão sombria da eleição que deixou Gianni Infantino, novo presidente da Fifa, entrincheirado em uma estrutura de governança e a uma cultura aberta á práticas corruptas. O FIFPro teme que colocar maior poder nas mãos de 209 federações filiadas à Fifa esteja no cerne do problema. As reformas recém-adotadas não conseguiram resolver a questão fundamental, que é fazer as autoridades voltarem os olhos para os atores mais importantes do jogo”, escreveu em comunicado.
Apesar de alguns preceitos do pacote de reformas terem sido criticados, Gianni Infantino – que levou a melhor no pleito com 115 votos contra 88 de Salman bin Ebrahim al-Khalifa – foi apoiado por atletas renomados do futebol mundial, como o brasileiro Roberto Carlos, o italiano Buffon, o uruguaio Diego Forlán e o português Luis Figo – que tentou concorrer às eleições da Fifa em 2015.
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