BRUXELAS (BÉLGICA) - Nesta sexta-feira, Bélgica e Itália se enfrentaram na cidade de Bruxelas, em um amistoso internacional de preparação para a Eurocopa de 2016, que será realizada na França e, na partida que marcou o primeiro jogo dos Red Devils como “melhor seleção do mundo”, os belgas não decepcionaram e venceram a Azzurra por 3 a 1, de virada. Os gols do ótimo jogo foram marcados por Ventonghen, De Bruyne e Batshuayi; Candreva abriu o placar para os italianos.
A partida foi mais um teste para a ‘nova’ Azzurra que, convocada por Antonio Conte, mais uma vez não teve os veteranos Pirlo e De Rossi, além de outros jogadores considerados titulares como Marco Verrati, do Paris Saint Germain. Além disso, este foi o primeiro duelo dos belgas como líderes do Ranking Mundial de melhores seleções da Fifa.
Apesar de um jogo pegado dentro de campo, houve espaço para a comoção no Estádio King Baudoim. Aos 39 minutos, os jogadores das duas equipes deixaram a bola de lado para relembrar a tragédia de Heysel, quando, em 1985, 39 torcedores morreram no mesmo local em que se realizou a partida desta sexta.
Na ocasião, Liverpool e Juventus se enfrentaram pela final da Taça dos Campeões Europeus, porém, antes do início do jogo, hooligans ingleses conseguiram derrubar a barreira que dividia a torcida e atacaram os italianos com barras de ferro. Com a pressão e pânico dos espectadores, uma parte do muro do estádio caiu e arrastou dezenas de pessoas. Os hooligans foram responsabilizados pela tragédia e, por conta disso, os clubes ingleses ficaram proibidos de participar de competições europeias durante cinco anos. Ninguém foi preso.
Na próxima partida, a Itália encara a Romênia, terça-feira (17), na cidade de Bologna, em mais um amistoso de preparação para a Euro. A Bélgica, por sua vez, enfrenta a Espanha, também na terça-feira, e em partida amistosa.
A partida começou quente e o placar não ficou zerado por muito tempo. Logo aos três minutos de jogo, Candreva virou o jogo para o lado esquerdo e a bola chegou no centroavante Pellé, que finalizou rápido. Mignolet fez a defesa, mas espalmou a bola de lado e Candreva, que havia iniciado o lance, apareceu para abrir o marcador.
Aos 11, Candreva quase fez o segundo da Azurra. O camisa 6 avançou pela esquerda e chutou forte, cruzado, obrigando Mignolet a fazer uma boa defesa. Dois minutos depois, a Bélgica respondeu e chegou ao empate. De Bruyne cobrou escanteio para a Bélgica e Vertonghen subiu bem para cabecear e igualar o placar.
O jogo ficou mais equilibrado desde o gol de empate e Bélgica conseguiu acumular 60% de posse de bola, mas teve apenas uma finalização. Já a Itália, mesmo tendo menos a bola, chegou com perigo mais vezes.
A partida só voltou a ter emoções aos 43 minutos. Ferreira Carrasco pegou sobre dentro da área e chutou de chapa, com curva, para tirar do goleiro Buffon. No entanto, o auxiliar marcou corretamente o impedimento do belga.
No segundo tempo, a Itália ficou muito próxima de desempatar o jogo com a ajuda de um brasileiro. Nascido em Santa Catarina, Éder recebeu na área e chutou firme, carimbando o travessão. No rebote, o atacante ainda cabeceou com perigo, mas a bola foi por cima do gol.
Com 27 jogados, a Bélgica teve duas chances seguidas e não perdoou a segunda. De Bruyne invadiu a área e bateu cruzado de pé esquerdo, mas a bola passou por todo mundo e foi para fora, rente à trave de Buffon. Em seguida, Bonucci errou um passe simples e mandou a bola nos pés de Hazard. O jogador do Chelsea tocou para Batshuayi, que invadiu a área e finalizou prensado com Chiellini. Buffon espalmou, mas a bola sobrou para De Bruyne, que contou com a sorte para que seu chute quicasse e encobrisse o italiano.
A Azzurra ficou muito próxima do empate um minuto depois, com Pellé. Depois de escanteio cobrado por Marchisio, o centroavante cabeceou no canto, no contrapé de Mignolet, que se recuperou no lance e voou para fazer a defesa.
O jogo estava pegando fogo e, aos 38 minutos, a Bélgica ampliou a vantagem com um golaço. O jovem Ferreira-Carrasco, jogador do Atlético de Madri, fez o que quis na defesa italiana e passou por três marcadores antes de parar, pensar e enfiar a bola para Batshuayi chutar de primeira e mandar para as redes.
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