SÃO PAULO - O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o belga Jacques Rogge, afirmou neste sábado que a vocação de seu organismo é realizar os Jogos Olímpicos nos cinco continentes, e que o caso de Atenas abre as portas a muitos outros países com vistas ao futuro.
"Os gregos já provaram: um país de dez milhões de habitantes com um nível de desenvolvimento econômico suficiente pode organizar os Jogos Olímpicos", disse Rogge em entrevista publicada pelo "Le Journal du Dimanche".
O presidente do COI disse que "a longo prazo, a vocação do COI é inclusive levar os Jogos a todos os continentes. Até agora não fomos ainda à África e à América do Sul. Nossa política de redução de custos e de complexidade da organização dos Jogos Olímpicos nos permite acreditar que iremos a muitos outros países no futuro".
Rogge assegurou que a suposta regra de um rodízio na organização dos Jogos Olímpicos "não existe", embora tenha reconhecido que se duas candidaturas "têm o mesmo potencial, pode haver uma alternância geopolítica para favorecer o equilíbrio entre continentes".
Nesse sentido, ele explicou que na escolha para a edição de 2008 "não havia diferença técnica notável entre Paris, Toronto e Pequim.
O que Pequim teve a seu favor foi o fato de que o país mais povoado do mundo nunca tinha organizado os Jogos".
Rogge informou que o expediente das cinco cidades candidatas para 2012 (Madri, Paris, Londres, Nova York e Moscou), que deve ser entregue no próximo dia 15 de novembro, "é um documento muito importante: é o esqueleto da proposta".
Ao falar sobre a luta contra os casos de doping, Rogge disse que em Atenas "ampliamos o território e o tempo, mas também a gama de testes, com avanços muito importantes na pesquisa de substâncias como o EPO".
"A criação da Agência Mundial Antidoping (AMA), que associa os governos ao movimento esportivo, foi um passo muito importante para mais eficácia. Pessoalmente, espero ter contribuído para impor o princípio da tolerância zero", argumentou.
O presidente do COI admitiu que alguns atletas são vigiados "com uma atenção particular", porque "não trabalhamos de forma diferente que nas agências antidrogas".
Saiba Mais
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.