Cavaleiro irlandês Cian O’Connor admite doping em outro cavalo

Globo Online

Atualizada em 27/03/2022 às 14h58

DUBLIN - O cavaleiro irlandês Cian O’Connor admitiu ontem já ter tido problemas com doping das Olimpíadas de Atenas. Em entrevista que durou 15 minutos a uma rádio de Dublin, o campeão olímpico confessou que outro cavalo montado por ele, durante uma competição em maio passado, também testou positivo para substâncias proibidas. Na semana passada, a Federação de Hipismo da Irlanda anunciou que o cavalo Waterford Crystal, usado por O’Connor na conquista de medalha de ouro nos Jogos Olímpicos, havia sido flagrado no antidoping.

A Federação Internacional de Esportes Eqüestres aguarda os resultados da contraprova do teste realizado em Waterford Crystal para decidir se o ouro do irlandês passará para o brasileiro Rodrigo Pessoa, que havia ficado com a medalha de prata.

Veterinário diz que ministrava sedativos

Na rádio, O’Connor e seu veterinário, James Sheeran, revelaram que o cavalo ABC Landliebe foi reprovado em teste realizado após uma competição disputada em Roma, há cinco meses. O cavaleiro adiantou que, caso seja punido, irá apelar nos dois casos para a Corte Arbitral do Esporte, na Suíça.

Sheeran alegou que ambos os cavalos haviam recebido sedativos — no caso de Waterford Crystal foi um remédio para uma lesão em uma das patas — um mês antes das provas. O veterinário esperava que todos os traços das drogas já tivessem sumido em questão de dias, mas o avanço das técnicas de análises conseguiram detectar as drogas.

— Foi algo absolutamente inocente que ocorreu nos dois casos — garantiu O’Connor. — Não há nada de sinistro, não tenho nada a esconder.

O veterinário revelou que, nos últimos cinco anos, ministrou sedativos com freqüência aos cavalos durante intervalos de competições. Sheeran também que os testes antidoping têm se desenvolvido de uma maneira demasiadamente detalhada.

— Eles (os responsáveis pelos testes) se tornaram tão paranóicos que estão buscando por partículas, nanogramas a cada cem mililitros, o que é algo completamente irrelevante — reclamou.

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