ATENAS - A esperança de uma medalha de ouro olímpica no futebol estava adormecida desde a eliminação da seleção masculina no Pré-Olímpico do Chile, em janeiro. Mas o sonho do título inédito voltou a ganhar força com a campanha da equipe feminina nos Jogos de Atenas. E nesta quinta-feira, as meninas comandadas pelo técnico Renê Simões têm a chance de conquistar o inédito título. Às 15h (horário de Brasília), no Estádio Karaiskaki, o Brasil enfrenta os Estados Unidos na final olímpica. Suécia e Alemanha disputam a medalha de bronze ao meio-dia, no mesmo local.
A tarefa brasileira não será fácil. O favoritismo é das americanas, que contam com a atacante Mia Hamm, considerada a melhor jogadora do mundo, e tem mais tradição no futebol, pelo menos entre as mulheres. O Brasil ficou em quarto lugar nas Olimpíadas de Atlanta-1996 e Sydney-2000. Já os Estados Unidos foram campeões mundiais em 1991 e 1999 e ganharam o ouro nos Jogos de Atlanta. A prata em Sydney - elas perderam a final para a Noruega - deixa as americanas com ainda mais vontade de recuperar o lugar mais alto do pódio.
Mas o Brasil também tem seus trunfos. Depois de um começo irregular - chegou a perder para os Estados Unidos por 2 a 0 na primeira fase -, a equipe de Renê Simões conseguiu duas goleadas seguidas - 7 a 0 sobre a Grécia e 5 a 0 sobre o México - e uma vitória por 1 a 0 sobre a Suécia na semifinal. As brasileiras têm o melhor ataque da competição, com 14 gols, e podem terminar com a artilheira das Olimpíadas: a atacante Cristiane divide o posto com a alemã Brigit Prinz, cada uma com cinco gols.
O técnico Renê Simões admite que as adversárias são as favoritas mas confia no futebol brasileiro para conseguir o ouro inédito.
- Elas têm, realmente, o melhor futebol feminino do mundo, mas nós estamos bem preparados para a final - afirmou ele.
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