SÃO LUÍS - Nascido no Ceará e radicado no Maranhão, o cavaleiro Adriano Araújo e seu filho, Bruno Araújo, que nasceu em São Luís, vivem uma situação bastante curiosa no Mundialito de Tambor, competição equestre que está sendo realizada na Arena Domingos Leal e conta com a participação de seis países: apesar de estarem “em casa”, Adriano e Bruno representam o Chile e estão dispostos a desbancar o favoritismo brasileiro no torneio.
Adriano Araújo explica, em entrevista ao Imirante Esporte, que iniciou a carreira no Tambor por influência direta do filho Bruno, já que procurava um esporte onde os dois pudessem formar uma parceria e competir. No mundo equestre, Adriano encontrou a modalidade ideal, onde está tendo a oportunidade de disputar torneios de alto nível, ao lado de Bruno.
“A gente já compete junto desde 2009. O início de tudo foi quando procurei um esporte para praticar junto com o Bruno, que hoje tem 13 anos. Através de um vídeo, vi uma passada de tambor e me apaixonei por aquilo, fui ao Haras 4 Irmãos para ver de perto como era esse esporte e fiquei enlouquecido por isso, assim que montei no cavalo. A gente não parou de lá para cá. Fiz a transferência para outro país, mas peguei os animais que tenho, levei para São Paulo e participo de competições saindo de Santiago, onde resido”, explicou Adriano.
Apesar de morar no Chile, Adriano admitiu não estar totalmente acostumado com a ideia de disputar um torneio como visitante em seu país natal e em uma cidade que conhece tão bem, mas garante que não falta motivação para defender as cores chilenas. “É muito estranho. Não estamos há muito tempo no Chile, mas admito que já torci por eles na última Copa América. Vamos competir contra os melhores, que são os brasileiros, mas temos a certeza que vamos fazer o melhor por essa nação que nos acolheu muito bem. Vamos representar bem o Chile”, garante.
Filho de Adriano, Bruno Araújo é o mais jovem competidor do Mundialito de Tambor, com apenas 13 anos. Apesar de estar seguro em defender o Chile, Bruno não escondeu que terá um pouco de dificuldades contra cavaleiros mais experientes, mas acredita que o Mundialito será importante para o seu amadurecimento na modalidade.
“Representar o Chile nesse Mundialito é uma honra. Estou crescendo na minha carreira no Tambor e espero crescer ainda mais. Comecei aos sete anos e espero continuar nesse ritmo. Será um pouco difícil, pois vou encarar profissionais que são ágeis, ainda tenho que treinar mais um pouco para chegar ao nível deles”, diz Bruno.
No primeiro dia do Mundialito de Tambor, Bruno Araújo conseguiu um dos melhores tempos, mas foi penalizado em cinco segundos por derrubar um dos tambores. Na quinta colocação geral, Bruno e Adriano ainda estão na briga pelo título, já que a menor nota do torneio será descartada e a última etapa será disputada nesta quarta-feira (20). A entrada para o último dia de competição, na Arena Domingos Leal, será 1kg de alimento não perecível, que será doado à Fundação Antonio Dino e ao Hospital do Câncer Aldenora Bello.
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