Valeu, MAC!

Maranhão Atlético pressiona, mas fica no empate com o "ferrolho" do Santa Cruz e cai nas semifinais da Série D

Quadricolor faz ótima partida na Arena Pernambuco, porém, não consegue balançar as redes adversárias e adia sonho do inédito título brasileiro.

Gustavo Arruda / Imirante Esporte

Atualizada em 20/09/2025 às 22h22
Lance da partida entre Santa Cruz e Maranhão Atlético, pelas semifinais da Série D.
Lance da partida entre Santa Cruz e Maranhão Atlético, pelas semifinais da Série D. (Iury Oliveira / Maranhão Atlético Clube)

SÃO LOURENÇO DA MATA - A histórica participação do Maranhão Atlético no Campeonato Brasileiro Série D de 2025 chegou ao fim na noite deste sábado (20), com uma atuação para orgulhar o torcedor quadricolor que ainda vive a euforia da conquista do tão sonhado acesso à Série C de 2026. No segundo jogo das semifinais contra o Santa Cruz, o MAC não se intimidou com a pressão dos mais de 40 mil torcedores adversários na Arena Pernambuco, dominou as ações e criou grandes oportunidades de gol, mas a equipe pernambucana se fechou bem na defesa, segurou o 0 a 0 em casa e garantiu a vaga na final da Quarta Divisão, já que venceu o duelo de ida por 1 a 0 em São Luís.

Precisando de uma vitória por dois ou mais gols de diferença para garantir uma inédita vaga na final da Série D, o Maranhão Atlético jogou com as linhas altas, pressionando a saída de bola do Santa Cruz, e teve grandes oportunidades de abrir o placar durante o primeiro tempo: Vagalume parou em grande defesa de Rokenedy com apenas 45 segundos de partida, e Jorge, novidade na formação quadricolor, levou perigo em finalizações de longa distância. Já na segunda etapa, o Santa Cruz manteve a postura defensiva, explorando os contragolpes e cobranças de bola parada, enquanto o Maranhão Atlético intensificou a pressão: André Radija acertou o travessão em um chute cruzado, e Clessione quase faz um gol antológico de bicicleta, mas parou em uma defesaça de Rokenedy. Não faltou empenho e nem chances, entretanto, o "ferrolho" defensivo do Santa Cruz falou mais alto, e o Maranhão se despediu de uma Série D que será sempre lembrada pela torcida.

A eliminação nas semifinais da Série D é o último capítulo de uma das maiores temporadas do Maranhão Atlético em seus 92 anos de história. Além de conquistar o acesso para a Série C, o Quadricolor faturou o título do Campeonato Maranhense no primeiro semestre e representou o estado nas disputas da Copa do Brasil e da Pré-Copa do Nordeste. Agora, o MAC terá alguns meses para iniciar o planejamento de 2026, quando terá calendário cheio, com compromissos pelo Estadual, pela Copa do Nordeste, pela Copa do Brasil e pela Série D.

O Santa Cruz, por sua vez, agora volta as suas atenções para a final da Série D. Em busca do segundo título nacional de sua história, já que foi campeão da Série C em 2013 diante do Sampaio Corrêa, o Tricolor vai encarar o Barra-SC, classificado após duas vitórias sobre a Inter de Limeira nas semifinais. O jogo de ida será na Arena Pernambuco, enquanto a segunda e decisiva partida ocorre no estado de Santa Catarina, em estádio a ser definido pelo Barra.

O jogo

Assim que começou a partida na Arena Pernambuco, o Maranhão Atlético avançou as suas linhas para pressionar a saída de bola do Santa Cruz e quase abre o placar com apenas 45 segundos: após desarme no meio-campo, Jorge serviu Clessione, que deu um passe na medida para Vagalume chutar forte e parar em grande defesa de Rokenedy, que salvou com o pé direito. Nos dois minutos seguintes, o MAC teve outras duas grandes oportunidades em chutes de longa distância de Jorge e Clessione, que mandaram a bola pela linha de fundo.

Pressionado, o Santa Cruz tentou esfriar um pouco da pressão do Maranhão Atlético com uma marcação reforçada no meio-campo. Mesmo com mais dificuldades, o Quadricolor continuou no campo de ataque, arriscando finalizações. Aos 23 minutos, André Radija soltou um chute forte em cobrança de falta na meia-lua da grande área, mas a bola subiu demais e passou por cima do gol. Já aos 29, Jorge deu um belo drible em Gabriel Galhardo no meio-campo, tabelou com Vagalume e tentou o chute por cobertura, com a bola passando perto do gol e assustando o goleiro Rokenedy.

Depois de várias tentativas do Maranhão Atlético, o Santa Cruz levou perigo aos 30 minutos: Pedro Favela aproveitou cobrança de escanteio de Willian Júnior e cabeceou firme, obrigando Jean a se esticar todo para salvar o MAC. Logo em seguida, aos 32, Pedro Favela aproveitou uma sobra de bola na entrada da grande área, bateu firme e viu a bola passar bem perto do gol. O Maranhão também teve uma oportunidade na reta final do primeiro tempo, com Jorge arriscando o chute em cobrança de falta aos 37 minutos e parando em uma boa defesa de Rokenedy.

Maranhão Atlético aumenta pressão, mas Santa Cruz segura o empate

Assim como na etapa inicial de jogo na Arena Pernambuco, o Maranhão Atlético pressionou a troca de passes do Santa Cruz no campo de defesa e aproveitou um erro para criar uma excelente oportunidade aos três minutos: após roubada de bola, Jorge deu um passe para Clessione, que deu um passe na medida para André Radija bater forte e acertar o travessão do time pernambucano. A resposta do Santa Cruz veio aos nove, com Willian Júnior lançando Thiago Galhardo, que invadiu a área e bateu fraco, para defesa tranquila de Jean.

Com maior posse de bola, o Maranhão Atlético manteve o ritmo no ataque. Igor Nunes, aos 14 minutos, e Ryan, aos 17, levaram perigo em finalizações de longa distância. O Santa Cruz, por sua vez, teve uma boa chance com Pedro Favela, que arriscou de longe aos 20 e viu a bola passar perto do gol. O MAC, no entanto, continuou com o domínio do jogo e quase abriu o placar em um lance espetacular aos 29 minutos: após receber passe de Keven na entrada da grande área, Clessione dominou e arriscou uma finalização de bicicleta, que obrigou Rokenedy a se esticar todo para fazer a defesa e evitar um golaço do Quadricolor.

Satisfeito com o empate sem gols, o Santa Cruz recuou ainda mais na reta final do segundo tempo, jogando praticamente com toda a equipe no campo de defesa, exceto pelo centroavante Ariel, que ainda levou perigo em um chute de longe aos 38 minutos. O Maranhão Atlético, por sua vez, foi todo ao ataque, a ponto de improvisar o zagueiro Fernando de centroavante, mas a marcação adversária estava bem encaixada. Clessione ainda teve uma última chance aos 40 minutos, aproveitando cruzamento de Lucas Manga e cabeceando firme, mas Rokenedy, bem posicionado, salvou o Santa Cruz, que conseguiu administrar o placar que precisava e fez a festa pela classificação para a final da Série D.

FICHA TÉCNICA

SANTA CRUZ: Rokenedy; Yuri Ferraz (Hiago Ribeiro), Eurico Lima, William Alves e Rodrigues; Pedro Favela (Jonatas Paulista), Gabriel Galhardo, Wagner Balotelli e Willian Júnior (Matheus Vinícius); Geovany (Adaílson) e Thiago Galhardo (Ariel). Técnico: Marcelo Cabo.

MARANHÃO ATLÉTICO: Jean; Igor Nunes, Júlio Nascimento (Fernando), Keven e André Radija (Lucas Manga); Dudu, Rosivan (Anderson Paraíba), Vagalume e Jorge; Ryan e Clessione. Técnico: Marcinho Guerreiro.

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