Futebol

Pelé se entristece com morte de “irmãos” da Chapecoense

O Rei do Futebol falou, nesta quinta-feira (1º), sobre o trágico acidente em Medellín.

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 11h27
Pelé lamentou a tragédia com a Chapecoense.
Pelé lamentou a tragédia com a Chapecoense. (Diogo Moreira / GESP)

SÃO PAULO - O Rei do Futebol decidiu se pronunciar sobre o acidente trágico envolvendo a delegação e comissão técnica da Chapecoense, dirigentes, jornalistas e tripulantes, que culminou na morte de 71 pessoas na madrugada de terça-feira. Em entrevista à ESPN Brasil na noite desta quinta-feira, Pelé tratou as vítimas como “irmãos” e lembrou da grande quantidade de viagens aéreas que fez pelo Santos como jogador.

“É um momento triste. Eu estava até comentando ontem com meu assistente, Pepito: ‘Você viu como Deus foi bom comigo?’. Nós viajamos para todo lugar do mundo, a gente brincava que só faltava o Santos jogar na Lua. E graças a Deus não tivemos nenhum acidente grave. Mas isso é coisa da vida”, afirmou o Rei.

“Sempre que eu saía de viagem, ia me despedir do meu pai e da minha mãe. Naquela época, o Santos tinha que viajar para pagar salário dos jogadores. Minha mãe falava que ia orar por mim. E aquela coisa parecia divina mesmo. A gente não tinha as mesmas condições que as equipes têm hoje para viajar. As condições das aeronaves hoje são muito melhores e mais técnicas. A gente tinha que pegar teco-teco para fazer a viagem. E isso é coisa que só Deus pode explicar. Chegou o momento deles”, recordou.

Pelé também lembrou de alguns acidentes trágicos na história do esporte, como o que acometeu uma equipe de rúgbi na Argentina em 1972 e o time do Manchester United em 1958. Desta vez, o sentimento é diferente por se relacionar a brasileiros.

“É diferente. Isso (acidente da Chape) aconteceu aqui comigo, com meus irmãos. Mas o que a gente tem que fazer é isso. Dar suporte a quem ficou, a quem está vivo. A gente tem que procurar ajudar os familiares”, completou Pelé, que não emitiu uma opinião sobre a polêmica envolvendo a realização ou não do jogo entre Chapecoense e Atlético Mineiro, pela última rodada do Brasileirão.

“É uma coisa que foge à regra e ao consenso. É uma decisão muito difícil. Seguindo a regra, teria que ter o jogo. Agora, isso depende muito do que a CBF vai decidir. Infelizmente nesse momento não se sabe o que fazer porque ninguém esperava uma coisa dessa. Não sei se a Chapecoense teria um time reserva para entrar em campo”, afirmou.

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