Em entrevista ao Esporte Espetacular

Chamado de “cone”, Fred revela: “Queria entrar num buraco e não sair”

O jogador declarou, ainda, que pensa em um dia ser técnico do Fluminense.

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 11h36
(Foto: Nelson Perez/FFC)

SÃO PAULO - Ídolo da torcida tricolor, Fred é o sexto maior artilheiro do Fluminense, com 161 gols marcados desde 2009. Porém, não conseguiu repetir o sucesso em sua participação na Copa do Mundo de 2014 e foi um dos jogadores mais criticados da Seleção Brasileira. O atacante comentou sua sensação ao ser chamado de “cone” e analisou a derrota para a Alemanha por 7 a 1.

“Qualquer um que entende o mínimo de futebol sabe que o nosso coletivo não funcionou, e eu dependo muito disso. Não tive sequer uma oportunidade de gol. Pensamos que iríamos crescer na hora certa, mas não aconteceu. Já teríamos que ter sido eliminados contra o Chile. O mais grave foi termos achado que, só porque estávamos em casa, atropelaríamos a Alemanha, quando o atropelo veio da parte deles. O Neymar machucou e realmente fomos para cima deles. Esquecemos que eles tinham qualidade, saída de bola, transição e jogadores decisivos”, afirmou em entrevista ao programa Esporte Espetacular da Rede Globo.

“Queria entrar num buraco e não sair. Fui vaiado dentro do Mineirão, minha casa, fiquei muito mal. Pedi 30 dias para o Fluminense, estava psicologicamente abalado. Fui para os Estados Unidos com minha mulher para ninguém me reconhecer. Cheguei lá e tinha um monte de brasileiro, mas o pessoal até me deu carinho”, completou.

Embora Fred tenha pedido um descanso de um mês ao Fluminense, o artilheiro retornou antecipadamente: após dez dias. “Quando liguei o carro para sair de casa e ir para as Laranjeiras tinha uma placa falando que estava a 17km de minha casa. E foi assim em Ipanema, Leblon, Copacabana e Laranjeiras. Quando cheguei, estava a minha maior fã com um cartaz escrito ‘bem-vindo à casa, você é o nosso artilheiro, aqui nós te amamos’. Quando entrei, havia mais de 100 crianças na arquibancada gritando meu nome”, recordou.

“No momento em que todo mundo falou que eu estava acabado, depois da Copa do Mundo, o clube e a torcida me abraçaram. Foi algo que ficará marcado para o resto de minha vida”, acrescentou.

Já com 32 anos, Fred planeja se aposentar com a camisa do Fluminense e ainda continuar trabalhando no clube. “O meu pensamento não é só encerrar no Fluminense, é ficar para sempre. Penso em ser alguma coisa aqui dentro. Queria ajudar o Flu, assim como ele está me ajudando, porque o meu prazer é vir para cá”, disse.

O atacante, inclusive, não descarta uma carreira como técnico. “Como treinador, todo time meu teria um camisa 10 e um 9. Estão tentando acabar com eles há mais de dez anos, mas meu time não jogaria sem isso”, garantiu.

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