BRASIL – A arbitragem brasileira segue no centro das discussões entre torcedores e especialistas. Uma pesquisa do instituto AtlasIntel, realizada entre os dias 6 e 10 de outubro, apontou que metade dos torcedores considera a arbitragem “nada confiável”, e que 77% têm algum grau de desconfiança sobre o trabalho dos árbitros no futebol nacional.
O levantamento foi motivado pela sequência de erros polêmicos nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro de 2025, que reacenderam o debate sobre a falta de critérios e possíveis favorecimentos.
Insatisfação generalizada
De acordo com a pesquisa, 46,2% dos entrevistados afirmaram estar “muito insatisfeitos” com a arbitragem no país. Apenas 9,3% declararam satisfação com o desempenho dos árbitros — sendo 7,6% satisfeitos e 1,7% muito satisfeitos.
Além disso, 52,8% dos torcedores acreditam que a arbitragem piorou em 2025 em relação a 2024, enquanto apenas 14,6% notaram alguma melhora. Para 32,5%, o nível se manteve o mesmo.
“A percepção geral é de perda de qualidade e falta de critérios. O torcedor não vê evolução nem técnica, nem ética”, destacou o relatório da AtlasIntel.
Principais críticas à arbitragem
Os entrevistados apontaram os principais problemas que afetam o apito brasileiro. Entre as respostas mais citadas:
50,9% reclamam da falta de critérios durante as partidas;
50,3% acreditam em favorecimento a determinados clubes;
34,1% apontam falta de preparo técnico;
32,5% citam a falta de transparência nas decisões do VAR.
Além disso, 46% consideram os árbitros “nada consistentes” em suas decisões, e 43% os avaliam como “nada profissionais”.
Torcida defende profissionalização e órgão independente
A pesquisa também revelou forte apoio à profissionalização da arbitragem. Quase 60% dos 1.600 entrevistados acreditam que esse é o passo mais importante para elevar o nível e a credibilidade dos juízes e assistentes.
Outro dado relevante é que 71% dos torcedores defendem a criação de um órgão independente, nos moldes do PGMOL inglês, que supervisiona e treina árbitros da Premier League.
Entre os que apoiam a ideia, 63,5% acreditam que o órgão aumentaria a transparência e 60,3% esperam redução da influência política da CBF. Já 1,9% se disseram contrários à proposta, enquanto 27% não têm opinião formada.
“O torcedor quer ver a arbitragem como uma profissão séria e independente, com critérios claros e punições justas”, conclui o estudo.
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