LIMA (PERU) – A capital peruana, Lima, que será sede da final da Conmebol Libertadores 2025, entrou em estado de emergência nesta quarta-feira (22). A medida foi decretada pelo presidente José Jerí devido à crescente onda de criminalidade e protestos violentos na cidade. O decreto tem duração de 30 dias e termina poucos dias antes da decisão do torneio, marcada para 29 de novembro, no Estádio Monumental de Lima.
Governo reage à onda de violência
A decisão de José Jerí ocorre após manifestações massivas que tomam as ruas da capital desde setembro, com pedidos de ações contra a violência, fechamento do Congresso, nova Constituição e renúncia do presidente interino. Os protestos ganharam força após a morte do rapper Trvko, na última semana, durante um dos atos.
O presidente Jerí assumiu o cargo em 10 de outubro, após o impeachment da ex-presidente Dina Boluarte, acusada de “incapacidade moral” e envolvida em escândalos de corrupção, como o “Rolexgate”, que investiga uma coleção de relógios de luxo não declarados.
Conmebol mantém final em Lima
Mesmo com o estado de emergência decretado, a Conmebol ainda não se pronunciou oficialmente sobre possíveis mudanças de local da final. Por enquanto, a entidade mantém o planejamento da partida única em Lima.
Na semana anterior, o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, reafirmou que a decisão de manter a capital peruana como sede segue inalterada, destacando o compromisso da entidade com a organização da competição.
“A final da Libertadores é o maior evento esportivo da América do Sul, e estamos confiantes de que o Peru oferecerá as condições necessárias para sua realização”, declarou Domínguez ao anunciar a manutenção da sede.
Contexto político e social
Os protestos em Lima começaram ainda durante o governo de Dina Boluarte, após o anúncio de uma reforma no sistema de aposentadorias que obrigaria todos os cidadãos acima de 18 anos a aderirem a um provedor de pensão. A medida provocou forte reação popular, especialmente entre os jovens, que lideraram os atos nas principais cidades do país.
Com a morte de Trvko, os protestos se intensificaram, levando o governo a restringir a circulação noturna, suspender direitos de reunião e reforçar a presença policial nas ruas.
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