Rio 2016

Às lágrimas, Serginho se despede da Seleção Brasileira

O líbero é o maior medalhista brasileiro em esportes coletivos na história da Olimpíada.

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 11h30
Serginho com sua segunda medalha de ouro.
Serginho com sua segunda medalha de ouro. (Danilo Borges /Brasil2016)

RIO DE JANEIRO - A vitória da Seleção Brasileira sobre a Itália por 3 sets a 0 na grande final do vôlei masculino nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro marcou, não só a medalha de ouro para uma geração, mas a despedida de um dos maiores nomes do esporte brasileiro. Com a vitória, o líbero Serginho se tornou o maior medalhista brasileiro em esportes coletivos na história da Olimpíada.

“Eu só agradeço o que o vôlei me deu. A geração de 1992 foi um espelho para mim. O melhor disso tudo é que amanhã é segunda-feira e eu volto a minha vida normal. Vou buscar meu filho na escola, vou ser o Sérgio filho da Dona Didi, isso aqui acaba amanhã”, disse em entrevista ao SporTV.

Serginho chegou à final no Maracanãzinho com duas medalhas de prata (Pequim 2008 e Londres 2012) e um ouro (Atenas 2004). Em sua quarta final olímpica consecutiva, o líbero criado na periferia de São Paulo foi ovacionado pela torcida e pelos companheiros.

“Quero agradecer primeiro a cidade onde eu nasci, o bairro de Pirituba, onde fui criado, moro ali até hoje e não nego. Agradeço ao meu técnico, meu clube Sesi, a torcida brasileira e os jogadores que foram exemplos para mim. Não é o ouro em si, são as amizades que fica”, comentou.

Aos 40 anos, Serginho não irá participar dos Jogos de Tóquio 2020. Na final deste domingo, o líbero foi o responsável por puxar o tradicional “peixinho” dado na quadra do Maracanãzinho. Ao final da comemoração, Serginho mandou um recado à torcida, deixando sua camiseta no meio da quadra e sendo venerado pelos companheiros, aos gritos de “Serginho é o nosso rei”.

“A gente pode conquistar o mundo apenas em uma manchete, como o vôlei brasileiro conquistou. A gente joga com a pressão das outras gerações nas costas. Demos sequência a geração de 1992 e 2004 e fizemos com que o vôlei continuasse grandioso”, completou o bicampeão olímpico.

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