RIO DE JANEIRO - Depois de fazer um jogo emocionante no empate sem gols com a Austrália, eliminado a rival nas cobranças de pênaltis, a Seleção Brasileira feminina de futebol reencontra a Suécia nesta terça-feira, às 13h(de Brasília), no Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ), pelas semifinais dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Na fase de grupos, as canarinhas golearam as europeias por 5 a 1 com enorme facilidade. Porém, agora terão pela frente uma rival com a auto-estima em alta. Isto porque as suecas despacharam o grande favorito ao ouro, Estados Unidos, nas quartas de final também nas penalidades, após empate por 1 a 1.
Vadão, técnico da Seleção Brasileira, entende que as duas equipes terão que suportar um desgaste físico por conta da prorrogação que enfrentaram. Ele acredita que isso pode ser um fator importante.
“As duas equipes foram heroicas nas quartas de final, em um exemplo de superação. Passaram dos limites no melhor sentido da palavra, mas isso agora pode ter um preço para uma delas. Por isso estamos trabalhando essa questão e tenho certeza de que minhas jogadoras estão cada vez mais empenhadas em busca de uma medalha. Queremos muito essa decisão, embora a tarefa seja complicada”, disse o treinador.
Vadão minimizou a importância da goleada na primeira fase. “Um jogo nunca tem história parecida com o anterior. O Brasil ali achou facilmente o resultado, com méritos, mas uma goleada não é o normal em um confronto entre a Seleção Brasileira e a Suécia. Quem viu o jogo com os Estados Unidos sabe que elas melhoraram muito e chegarão fortes. Mais uma vez teremos que jogar no nosso limite”, disse Vadão.
Para este compromisso, o Brasil segue sem poder contar com a atacante Cristiane, que luta contra lesão na coxa direita. A base será a do jogo contra a Austrália, porém, existe uma dúvida na lateral direita, onde Fabiana, que levou um pisão e torceu o tornozelo direito contra as australianas é dúvida. Se ela não puder atuar, Poliana assume o setor.
Pelo lado da Suécia, a técnica Pia Sundhage vai repetir a escalação do confronto contra os Estados Unidos e pediu para suas comandadas não darem espaço para a Seleção Brasileira criar.
“Vamos precisar fazer um grande jogo coletivo se quisermos ganhar, pois do outro lado do campo tem um time rico em talentos e com jogadoras que podem desequilibrar a qualquer momento. O Brasil é muito forte, mas podemos ganhar”, disse Pia.
Canadá e Alemanha fazem a outra semifinal
Quem se classificar entre Brasil e Suécia irá decidir a medalha de ouro contra a vitoriosa da outra semifinal, entre Canadá e Alemanha, que jogam às 16h(de Brasília), no Mineirão, em Belo Horizonte (MG). As canadenses venceram a França por 1 a 0 nas quartas de final, mesmo placar com que as alemães despacharam a China.
As duas seleções já se enfrentaram na fase de grupos e as canadenses se sobressaíram diante das alemãs, vencendo pelo placar de 2 a 1. O Canadá, inclusive, teve também a melhor campanha do Grupo F, se classificando na primeira posição com 100% de aproveitamento, enquanto a Alemanha teve dificuldades e garantiu vaga na segunda colocação, com apenas quatro pontos.
No entanto, se a tradição entrar em campo, a Alemanha leva grande vantagem. Com dois títulos mundiais e três medalhas de bronze em Jogos Olímpicos, as alemãs tem um histórico muito melhor do que as canadenses, que tem como melhor feito nas duas competições um bronze nas Olimpíadas de Londres, em 2012.
A única certeza dos dois confrontos é que teremos uma final inédita nos Jogos Olímpicos, já que, das quatro seleções presentes nas semifinais, somente o Brasil já disputou a decisão das Olimpíadas, ficando com a medalha de prata por duas vezes, em Atenas 2004 e Pequim 2008.
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