Rio 2016

Comitê Olímpico reafirma que meta para os Jogos é difícil, mas factível

Afirmação é do diretor de Esportes da entidade, Marcus Vinicius Freire.

Vinícius Lisboa/Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h31
(Daniel Ramalho/Rio 2016)

RIO DE JANEIRO - A meta do Comitê Olímpico do Brasil (COB) de conseguir ficar entre os 10 países com mais medalhas na Rio 2016 é difícil, mas factível, afirmou nesta terça-feira (19) o diretor de Esportes da entidade, Marcus Vinicius Freire.

Em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira, ele disse que Ucrânia, Itália, Coréia do Sul, Hungria, Canadá, Holanda, Espanha, Cuba e Azerbaijão devem disputar com o Brasil a nona e a décima posição no quadro geral da Olimpíada. "A gente segue acreditando que é uma meta difícil. Não é fácil, mas é factível." Segundo Freire, o país chega às vésperas da competição com resultados dentro do que foi planejado.

"Iniciamos essa conversa em 2009 e sempre dissemos que [a meta] era um documento vivo, que tinha a possibilidade de ser alterado. Estamos exatamente dentro da mesma possibilidade que tínhamos quando iniciamos o planejamento. Nossa meta é ser top 10 e continua sendo", afirmou o diretor de Esportes do COB. Ele destacou que o objetivo se refere ao total de medalhas, e não apenas às medalhas de ouro.

Ex-jogador de vôlei, Freire ressaltou que a avaliação positiva que faz da preparação brasileira não depende do cumprimento dessa meta. "O trabalho feito e a evolução do esporte brasileiro independem do resultado que vamos concluir no dia 21 de agosto. Dormimos tranquilos, nós, das confederações, e os atletas, sabendo que foi a melhor preparação da nossa história", disse ele. "Não chamaria jamais de decepção" a possibilidade de ficar abaixo da décima posição. "Se não acontecer e ficar em 11º ou 12º, faz parte do esporte. É assim que funciona. Têm mais 206 países lutando pelas mesmas medalhas", acrescentou.

Situação da Rússia

Com o veto à Rússia nas competições de atletismo, após casos de doping, o COB avalia que adversários diretos podem se beneficiar mais do que a delegação brasileira. Os russos correm o risco de ser excluídos das outras modalidades e de não competir em nenhum esporte na Olimpíada deste ano.

"Fizemos um estudo, prova por prova [do atletismo], em quais eles ganharam medalha na última Olimpíada e nos últimos mundiais, e a análise, para nós, não é boa. Nossos adversários diretos ganhariam mais do que nós na grande maioria das provas de que a Russia, em atletismo, não participará. Nas outras modalidades, vamos esperar o que vai acontecer entre o COI [Comitê Olímpico Internacional] e a Wada [Agência Mundial Antidoping]. Neste momento, não estamos analisando isso", disse Freire.

O gerente-geral de Perfomance Esportiva do COB, Jorge Bichara, explicou que as avaliações são apenas projeções. "Existem projeções de que [os russos] conquistariam, dentro desses Jogos, de seis a oito medalhas no atletismo. Dizer que são certas é impossível", afirmou.

Para Bichara, a ausência de russos em provas como a marcha atlética e o salto com vara gera um cenário que pode ser positivo para o Brasil, mas países como Ucrânia, Itália e Holanda também podem subir posições em outras provas.

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