BRASÍLIA - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga denúncias de irregularidades contra a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e sobre a realização Copa do Mundo no Brasil ouviu hoje (16) presidente licenciado da entidade, Marco Polo Del Nero, que garantiu ser inocente das acusações de corrupção investigadas pela justiça dos Estados Unidos, mas foi acusado de mentir aos parlamentares pelo presidente da CPI, o senador Romário (PSB-RJ).
Questionado sobre uma transação de R$ 700 mil, Del Nero disse que se trata de um empréstimo feito por um amigo e declarado ao Imposto de Renda. O presidente da CPI, no entanto, afirmou que nos documentos fiscais não consta a declaração do valor do empréstimo e acusou Del Nero de estar mentindo à CPI.
Del Nero negou que tenha se reunido ao mesmo tempo com o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, e o empresário José Hawilla. Os dois também estão envolvidos no escândalo de corrupção que movimentou US$ 200 milhões em propinas e subornos. Marin foi preso na Suíça em maio e extraditado para os Estados Unidos no mês passado e Hawilla está em processo de colaboração com a justiça americana, razão pela qual não chegou a ser preso.
Embora tenha ouvido do presidente da comissão que o melhor seria o afastamento definitivo dele da CBF, Marco Polo Del Nero afirmou que se afastou da entidade para cuidar da própria defesa e que pretende voltar à presidência quando concluir essa fase.
Com a conclusão do depoimento de hoje, a CPI entra em recesso e só retomará os trabalhos com a volta das atividades do Legislativo, em fevereiro de 2016. No retorno, os membros da comissão deverão se dedicar à apreciação de requerimentos. Ele devem concluir o inquérito parlamentar até agosto do próximo ano.
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