Polêmica

Após acusações, Ceni sugere ajuda psicológica ao ex-presidente Aidar

Aidar disse que o ex-goleiro entrava em rota de colisão com jogadores.

Edoardo Ghirotto/Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 11h37
(Fernando Dantas/Gazeta Press)

SÃO PAULO - O agora ex-goleiro Rogério Ceni respondeu, nesta segunda-feira (14) às acusações do ex-presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, de que ele minava o surgimento de novos líderes no elenco tricolor. Presente no lançamento de bustos e chaveiros comemorativos à sua aposentadoria, o ídolo sugeriu que Aidar procure ajuda psicológica para superar o choque emocional causado pela renúncia à presidência do clube. O ex-mandatário deixou a diretoria do São Paulo no dia 13 de outubro, após ser o pivô de diversas denúncias de corrupção.

“Primeiramente, eu desejo que ele possa esclarecer todos esses fatos [ligados à renúncia]. Talvez seja uma pessoa que precise de um pouco de ajuda nesse momento. Às vezes é um momento depressivo para a pessoa, em que ela fica numa situação difícil. Eu também estou parando e, nessas horas, você precisa do auxílio de amigos. Não vou polemizar absolutamente nada”, afirmou Ceni. “Não vi a entrevista porque foi uma semana muito intensa. Mas as pessoas que são próximas a ele e que vivem o dia a dia dele podem ajudá-lo nesse momento”.

As acusações a Ceni foram feitas em entrevista publicada pelo jornal Diário de S. Paulo no fim de semana. Aidar disse que o ex-goleiro entrava em rota de colisão com jogadores que esboçavam liderança nos vestiários e que o ídolo não gostava do atacante Alexandre Pato por causa de seu alto salário.

“Ou você joga o jogo dele ou está fora do jogo. Já achava que estava na hora de abrir espaço para outro goleiro no ano passado, mas houve uma baita pressão e ele ficou até agora”, declarou Aidar. “Assim como o Juvenal Juvêncio [ex-presidente, morto na última semana] não preparou sucessor, porque achou que seria eterno, o Rogério Ceni não deixava que surgissem líderes. Um exemplo era o Dória [zagueiro], que batia de frente com ele. O Rogério também não gosta do Pato, porque ele ganha muito. Ele marginaliza essas lideranças”,

Na mesma entrevista, Aidar chamou o ex-técnico tricolor Juan Carlos Osorio de “marqueteiro danado” e disse se arrepender da renúncia à presidência. Ele afirmou que se vingará da atual cúpula são-paulina chefiada por Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. “A vingança é um prato que se come frio e pelas beiradas”.

A renúncia de Aidar foi acordada após o vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, entregar ao Conselho Deliberativo uma gravação em que ele admitia um esquema para desviar dinheiro oriundo da contratação de jogadores. O áudio não foi divulgado publicamente.

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