RIO DE JANEIRO - O vice-presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Neuri Barbieri, oficializou na manhã desta quarta-feira, no Rio de Janeiro, a quebra dos três contratos firmados pela gestão do ex-presidente Ary Graça e que eram suspeitos de favorecer dois ex-diretores da entidade. Segundo Barbieri, a rescisão dos vínculos foi definida no último sábado pelo Conselho Administrativo da CBV.
Em março, algumas reportagens do canalESPN Brasil revelaram que os ex-dirigentes da CBV, Marcos Pina e Fábio André Dias Azevedo, eram donos de duas das três empresas contratadas pela entidade reguladora do vôlei no Brasil e que lucraram com os negócios. Dias após a divulgação dessas matérias, o então presidente da confederação, Ary Graça, renunciou à presidência, já que também ocupava o cargo na Federação Internacional de Vôlei (FIVB).
Neuri explicou que cada contrato tinha o valor de R$ 10 milhões e que logo depois da divulgação das reportagens, a confederação suspendeu os pagamentos, porém sem ainda fazer a rescisão dos contratos, que foram cancelados só agora.
Decidimos fazer uma rescisão unilateral desses contratos. Não vamos mais fazer nenhum pagamento e vamos esperar. Se nos cobrarem, vamos responder”, declarou o vice-presidente da CBV.
Segundo nome em importância na CBV, Neuri também disse que uma auditoria feita nas contas da entidade e um parecer jurídico sobre os contratos foram fatores importantes para a rescisão dos vínculos com as empresas dos ex-dirigentes da confederação. Ele também admitiu o “problema” criado na entidade por conta de negócios feitos com pessoas ligadas a ela.
“Temos um problema ético nesses contratos porque eles não eram públicos. Não eram conhecidos dos presidentes de federações estaduais de vôlei”, disse Neuri que concluiu: “Também há a questão de se fazer negócio com quem teoricamente já estaria trabalhando para você. É complicado”.
Ainda segundo Neuri, a gestão de Ary Graça foi eficiente em resultados, como os títulos olímpicos e mundiais, tanto da Seleção feminina, quanto da masculina, e o fortalecimento da Superliga. No entato, falhou na questão administrativa: “Ele concentrou informações de mais. Precisamos mudar isso”.
Barbieri avisou que pretende ampliar a transparência da CBV e disse que a Controladoria Geral da União (CGU) está estudando os contratos da confederação com as empresas de Marcos Pina e Fábio André Dias Azevedo.
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