Copa das Confederações

Blatter critica protestos: “Não devem usar o futebol para isso"

Presidente da Fifa criticou a atitude dos brasileiros nos recentes protestos.

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 12h07

FORTALEZA - No Brasil há pouco mais de uma semana para acompanhar de perto a disputa da Copa das Confederações, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, parece muito incomodado com os recentes protestos ocorridos nos entornos dos estádios usados para a competição. Nesta terça-feira, o mandatário criticou a atitude dos brasileiros.

“Não deveriam usar o futebol para anunciar suas reivindicações. O Brasil pediu esta Copa do Mundo. Nós não impusemos o Mundial a ele”, afirmou, em entrevista à TV Globo.

A onda de protestos ocorrida no Brasil nos últimos dias vem atingindo os jogos da Copa das Confederações. Até aqui, nas quatro partidas disputadas na competição, três foram marcados pelas manifestações fora dos estádios. No sábado, houve protestos em Brasil x Japão, em Brasília. No domingo, foi a vez de México x Itália, no Rio de Janeiro. Já na segunda-feira, Belo Horizonte presenciou reivindicações durante Taiti x Nigéria.

Blatter declarou que entende que “as pessoas não estão felizes”, mas buscou justificar os gastos exorbitantes para a construção dos estádios para a Copa do Mundo em um País que sofre com problemas estruturais como saúde, educação e transporte.

“Eles (os brasileiros) sabiam que, para ter uma boa Copa do Mundo, naturalmente teríamos que construir estádios. Mas estas arenas não serão somente para o Mundial. Além disso, junto delas, há consequentes melhorias como em estradas, hotéis, aeroportos”, disse o presidente da Fifa.

No último sábado, em Brasília, no jogo entre Brasil e Japão, que marcou a abertura da Copa das Confederações, Blatter foi muito vaiado quando, ao lado da presidente da república, Dilma Rousseff, fez um discurso para todo o estádio. No momento, ele se incomodou e pediu “respeito e fair play” aos presentes. Três dias após o ocorrido, no entanto, o mandatário não se mostrou preocupado com os assobios dirigidos a ele.

“Pedi respeito a chefa de Estado. Eles podem vaiar o presidente da Fifa, isso não me importa, porque ou se gosta ou não se gosta do presidente da Fifa. Mas a chefa de Estado estava lá. Aí eu tive que pedir respeito e fair play. Para ela, não para mim”, esclareceu.

Após um dia de “folga”, a Copa das Confederações volta à ativa nesta quarta-feira. Às 16 horas (de Brasília), Brasil e México se enfrentam na Arena Castelão, em Fortaleza, Em seguida, às 19 horas (de Brasília), na Arena Pernambuco, Itália e Japão medem forças, finalizando a segunda rodada do Grupo A.

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