BELO HORIZONTE - Após receberem, nesta quinta-feira, os cheques referentes ao salário de julho e à premiação pela vitória sobre o Santos, os jogadores do Atlético-MG voltaram ao trabalho. Os atletas haviam se recusado a treinar na quarta-feira à tarde, em protesto contra o atraso no pagamento.

Na manhã desta quinta, na Cidade do Galo, em Vespasiano, a diretoria também passou cheques, pré-datados para o dia 10 de outubro, que quitam a dívida do mês de agosto. Com o problema solucionado, os jogadores lamentaram o ponto em que a situação chegou e explicaram o motivo pelo qual decidiram fazer a greve.

“Nós estamos bem conscientes e não tomamos uma atitude à toa. Isso aconteceu pelo tempo e pelas promessas que nos foram feitas e não foram cumpridas. Qualquer trabalhador chega ao seu trabalho e quer receber. Já são quase três meses sem salários e alguns jogadores e funcionários estavam passando por dificuldades. São poucos aqueles que conseguem fazer uma reserva e passar esse tempo todo tranqüilo, mesmo sem receber”, explicou o armador Rodrigo Fabri.

Para o lateral-esquerdo Rubens Cardoso, a paralisação de quarta foi fundamental para que os dirigentes tomassem uma atitude. “O Brasil inteiro ficou sabendo e a diretoria agiu rápido. Agora o problema está sendo solucionado”, comentou.

Rubens desmentiu a versão dada pelo presidente Ricardo Guimarães e garantiu que o combinado era o acerto acontecer na quarta e não na sexta-feira, como anunciou o cartola. “Na verdade, combinaram uma coisa e não aconteceu. Ontem (quarta-feira) não tinha ninguém da diretoria aqui para cumprir o acordo, por isso resolvemos chegar àquela decisão”, afirmou.

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