Mauro Galvão pode ser o novo treinador do Botafogo

Esporte na Globo e Globo Online

Atualizada em 27/03/2022 às 15h04

RIO - Depois de tentar Vanderlei Luxemburgo e Emerson Leão, o Botafogo deve anunciar Mauro Galvão como seu novo treinador, no lugar de Luiz Roberto Matter, que substituiu Levir Culpi, após a segunda rodada do Camnpeonato Brasileiro.

O presidente Bebeto de Freitas estaria esperando apenas pela liberação do ex-zagueiro, que é auxiliar-ténico de Geninho no Vasco e tem contrato com o clube de São Januário. Apesar de Bebeto afirmar que não há nada certo com ninguém, o acordo pode ser feito ainda nesta segunda-feira.

- Não há nada acertado com ninguém. Quando estiver, terei o maior prazer em anunciar. Estamos trabalhando para contratar um treinador e pretendo resolver tudo o mais rápido possível - disse Bebeto.

O presidente confirmou apenas que Mauro Galvão se encaixa no perfil que o clube deseja. Capitão do time campeão estadual em 1989, no título que acabou com o jejum de 21 anos, o ex-jogador tem vínculo com o alvinegro de General Severiano e a característica de ser um técnico jovem, estudioso e promissor. Além da histórica conquista foi ainda campeão estadual em 1990.

- É uma pessoa que tem raízes no Botafogo, mas não temos mais o que falar porque não há nada certo - afirmou o dirigente, lembrando também que não dá para garantir que o time terá o novo comandante contra o Figueirense, sábado, no Caio Martins.

- Como já disse, só depois que estiver tudo certo e pudermos dizer quem é o novo técnico.

Mauro Galvão também negou que tenha sido procurado, mas garantiu que seu desejo é dirigir uma grande equipe e que uma proposta seria estudada com carinho.

- Estou no Vasco trabalhando para isso. Estive à frente do time em mais da metade do Brasileiro do ano passado e quero dar continuidade à carreira de treinador. Trabalhar num clube como o Botafogo seria uma grande oportunidade, mas temos de ir com calma. Nada foi conversado e estou falando muito de algo que nem é realidade ainda.

O ex-jogador confirmou que, caso chegue a um acordo com o Botafogo, não haveria problema em deixar São Januário.

- Tenho contrato com o Vasco e sou funcionário do clube, mas sempre deixei bastante claro que poderia sair se aparecesse uma boa oportunidade. Tenho um bom relacionamento aqui e sei que a direção me liberaria.

Mauro Galvão era treinador de zagueiros do Vasco antes de substituir Antonio Lopes na 19ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2003. Em sua estréia como treinador, o Vasco foi goleado por 4 a 1 pelo Cruzeiro no Mineirão. Na rodada seguinte, jogando em casa, a equipe derrotou o Grêmio por 2 a 0.

Além do Nacional, comandou a equipe em dois jogos na Copa Sul-Americana. No total, foram 30 partidas, com oito vitórias, dez empates e 12 derrotas. A equipe fez 35 gols e sofreu 43. Com a chegada de Geninho, virou auxiliar-técnico.

Uma carreira recheada de títulos como jogador

Galvão começou a carreira no Internacional, pelo qual foi tetracampeão gaúcho entre 1981 e 84 e campeão brasileiro de 1979. Foi contratado pelo Bangu em 1987, ano em que o time conquistrou a Taça Rio de Janeiro, segundo turno do Estadual. Jogou no Botafogo entre 1988 e 90. Ao lado de Wilson Gottardo, formou a melhor dupla de zaga do clube nos últimos anos e era um dos jogadores mais queridos da torcida.

Suas atuações valeram mais uma convocação à seleção brasileira, com a qual foi campeão da Copa América em 1989, no Brasil, e disputou mais uma Copa do Mundo em 1990, na Itália, já que fora reserva, quatro anos antes, no México. O Botafogo conquistaria o bicampeonato estadual em 1990, mas Mauro Galvão saiu do clube antes da final contra o Vasco, realizada após o Mundial.

Do alvinegro foi para a Suíça, onde disputou seis temporadas no Lugano, ganhando a Copa do país, em 1993. Voltou ao Brasil em 1996 e foi para o Grêmio, tornando-se campeão brasileiro no mesmo ano e da Copa do Brasil em 1997. Logo depois foi contratado pelo Vasco e conquistou mais seis títulos: Campeonato Brasileiro (97), Taça Libertadores e Carioca (98), Torneio Rio-São Paulo 1999 e Copa João Havelange e Mercosul, ambas em 2000. Em 2001, voltou para o tricolor gaúcho e levantou as taças do estadual e mais uma vez da Copa do Brasil.

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