Jejum de gols tira o sono de Gil no Corinthians

Diário de S.Paulo

Atualizada em 27/03/2022 às 15h05

SÃO PAULO - Já são 161 dias que o atacante Gil não balança as redes. O jejum de 12 jogos perturba o jogador, que não agüenta mais falar em má fase. A última vez que o camisa 10 marcou um gol foi no dia 9 de novembro, quando o Timão venceu o Goiás por 2 a 0, no Campeonato Brasileiro de 2003.

- É uma situação ruim, que incomoda. Nenhum atacante gosta de ficar sem fazer gols. Mas, eu me incomodo muito mais com a situação do time - completa.

Mas esse não é o maior jejum de Gil. Em 2002, o jogador ficou 14 jogos sem marcar. Porém, ele lembra que a situação era diferente. O time estava ganhando títulos e sua escassez de gols acabou ficando em segundo plano.

- Jogávamos com três atacantes e a responsabilidade era bem dividida - lembra o jogador, que formava o trio com Leandro e Deivid.

- Uma hora, o gol vai sair e as cobranças vão diminuir. Tenho de continuar trabalhando - diz, esperançoso.

Para Gil, a crise corintiana acaba contribuindo para o jejum. Ele explica que todos os jogadores estão sendo muito cobrados e isso se reflete dentro de campo.

- Essa má fase vem de longa data. Fomos mal no Brasileiro do ano passado e no Paulistão deste ano. Por isso, os gols acabam não saindo. Essa fase tem de passar logo - disse.

Apesar de toda a má fase, Gil ainda vem sendo poupado pela Fiel. O jogador é um dos poucos que não têm seu nome pronunciado nos protestos da torcida, ao contrário dos outros, como Rincón, que teve o carro apedrejado.

- Até agora, a torcida não tem pego tanto no meu pé. Mas, sei que preciso melhorar, assim como toda a equipe - reconhece o jogador, que, por via das dúvidas, tem evitado sair de casa.

Mudança de hábito

Normalmente visto como um jogador tímido, que vibra pouco, Gil vem passando por uma transformação após a chegada de Oswaldo de Oliveira. O treinador, preocupado em resgatar o bom futebol do jogador, tem tido longas conversas com ele, tentando fazer o craque vibrar mais, ser mais ativo.

Tanto que nos treinos, o atacante tem gritado e gesticulado mais, passando orientações para os companheiros.

- Ele sempre foi um excelente coadjuvante, mas nunca um jogador para ter a responsabilidade de carregar isso nas costas. Por isso, pode ter sentindo - diz o treinador.

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