Cruzeiro é o Campeão Brasileiro em 2003

Globonews.com

Atualizada em 27/03/2022 às 15h11

BELO HORIZONTE - Um gol de sorte, numa jogada ensaiada, do reserva do principal craque do time, e outro de bico garantiram o título inédito do Campeonato Brasileiro ao Cruzeiro. Num Mineirão lotado neste domingo, com mais de 70 mil torcedores, Zinho e Mota marcaram, com Aldrovani descontando, e a equipe de Belo Horizonte venceu o Paysandu por 2 a 1, soltando o grito de campeão com duas rodadas de antecedência.

O resultado deixou o Cruzeiro com 94 pontos em 44 jogos, aproveitamento de 71%, ficando inalcançável na classificação. E mesmo que empatasse ou perdesse, poderia comemorar a conquista. Único que poderia superar a equipe mineira, o Santos foi derrotado pelo Goiás por 3 a 0 no Serra Dourada e permaneceu somando 85 com o vice-campeonato já assegurado.

Para encerrar o inesquecível ano de 2003, quando conquistou o Campeonato Mineiro invicto e a Copa do Brasil, o Cruzeiro enfrenta o Fluminense no Mineirão e o Bahia na Fonte Nova nos próximos fins de semana, pelas últimas duas rodadas. Com 48 pontos, o Paysandu continua ameaçado pelo rebaixamento e joga ainda contra Guarani, fora, e Atlético-PR, em casa.

Zinho brilha no primeiro tempo

Substituto de Alex, suspenso por causa de terceiro cartão amarelo, o veterano Zinho assumiu a função de armar o time com a mesma competência do titular. Logo nos primeiros minutos, cobrou duas faltas, uma lateral pela esquerda, aos três, e outra frontal, aos quatro, mas sem sucesso. Até que, aos sete, no mesmo tipo de jogada, só que pela direita, cruzou na área. Márcio Nobre não alcançou pelo alto, Cris e Carlos Germano chegaram atrasados e Aristizábal tentou completar de peixinho, quase tocando com a mão, mas a bola entrou sem que ninguém encostasse.

A torcida que lotou o Mineirão começou a comemorar o título antecipadamente. O Cruzeiro manteve o domínio e continuou a sufocar o Paysandu. Aos dez, Zinho completou de primeira um cruzamento da direita, mandando perto da trave. Aos 17, o meia lançou da esquerda e Maurinho, sozinho diante do goleiro, furou. Aos 19, Wendel avançou pela ponta e tocou para o meio. Márcio Nobre completou quase na pequena área, a bola bateu no cotovelo de Lima e sobrou para Carlos Germano. O árbitro interpretou como lance legal.

O Cruzeiro diminuiu o ritmo ofensivo e Maldonado quase complicou o jogo. Aos 31, deu uma cotovelada em Jóbson em disputa de bola pela lateral em frente ao auxiliar, mas o árbitro Héber Roberto Lopes não puniu o chileno. Antes do intervalo, Zinho criou mais duas chances de gol. Aos 33, cobrou falta da esquerda e Márcio Nobre cabeceou por cima. Aos 38, passou por quatro zagueiros, entrou na área e, quase caído, chutou na trave. O Paysandu teve a única chance na etapa inicial aos 44, quando Vélber chutou da meia-lua em cima de Gomes. Enquanto isso, o Santos já perdia para o Goiás por 1 a 0.

Mota entra na etapa complementar e consolida a vitória

O Paysandu voltou do intervalo com Alexandre Pinho no lugar de Jóbson. Logo aos quatro, Magnum entrou na área pela esquerda e chutou quase sem ângulo. Gomes defendeu e a bola ainda bateu na trave. Mas o susto virou festa quando logo depois o sistema de som do Mineirão anunciou que o Santos tinha sofrido o segundo gol do Goiás.

O Cruzeiro começou o segundo tempo recuado e foi pressionado. Aos 12, Gomes precisou sair do gol para abafar a conclusão de Aldrovani dentro da área. No rebote, Vélber quase empatou por cobertura. Vanderlei Luxemburgo tentou acordar a equipe mineira e fez duas substituições de uma vez, trocando Aristizábal e Augusto Recife por Mota e Felipe Melo. Depois, Sandro ainda entrou no lugar de Wendel para reforçar a marcação no meio-campo antes da metade da etapa.

O jogou ficou equilibrado e aos poucos o Cruzeiro voltou a atacar com mais freqüência. Até que, aos 28, Mota avançou sem ser incomodado, entrou na área e chutou de bico, no canto de Carlos Germano. O aumento da vantagem reiniciou a festa da torcida mineira, calada desde o anúncio do segundo gol do Goiás. Aos 32, Sandro pegou rebote de falta da meia-lua e mandou raspando o ângulo. A dez minutos do fim, Alex desceu para o banco de reservas e começou a comemorar o título. A torcida acompanhou o ídolo e deu início à festa antecipada. Nem o gol de Aldrovani aos 45 estragou a merecida comemoração do melhor time brasileiro do ano de 2003.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.