CURITIBA - O Coritiba foi vítima de seus próprios erros e da violência da torcida do Vasco ontem à noite, em São Januário. Com a bola rolando, o clube paranaense foi derrotado por 2 a 1 pelo clube carioca e perdeu a chance de encostar no Santos, vice-líder do Brasileiro.
Após a partida – sem a presença da polícia militar, que deixou o estádio após o apito final –, entrou em cena um grupo de aproximadamente 30 torcedores cruz-maltinos – provavelmente de alguma facção organizada. Eles invadiram o ônibus da delegação coxa-branca, agrediram e assaltaram os jogadores e até o presidente do Coritiba, Giovani Gionédis.
Em número menor, os atletas do Coxa se refugiaram dentro do campo de São Januário. O meia Jackson foi o mais ferido. Ele ficou detido no ônibus, chegando a ficar inconsciente de tanto apanhar.
"Era muita gente, eles entraram no ônibus nos agredindo, pareciam lutadores de jiu-jitsu, e eram da torcida organizada. Eu tentei defender meus companheiros, mas eles me jogaram para fora. O Jackson ficou apanhando de todos, acho até que está correndo perigo de vida, eu ouvi até tiro", contava o atacante Gélson, chorando, logo após a partida, sem saber que o meia do Coritiba estava sendo atendido dentro do ônibus, mas já em melhor estado.
"Isso é uma vergonha, esse estádio tem que ser interditado para sempre", gritava Nascimento. "Estou envergonhado", afirmava o carioca Roberto Brum.
A briga teria sido motivada pelo desentendimento de Jackson com um torcedor do Vasco na saída do gramado. Gionédis, levou toda a equipe para o 17.ª distrito dar queixa. O ônibus também foi depredado e, sem vidros, na ida à delegacia, os jogadores tiveram de ficar todo o trajeto deitados no chão, para evitar algum outro tipo de agressão. Por telefone, o presidente do Coritiba deu declarações indignadas à Gazeta do Povo.
"Foi inacreditável. Estávamos dentro do estádio do Vasco e fomos agredidos pela torcida, que invadiu o ônibus. Bateram em vários jogadores e em mim. Foi uma barbaridade, uma falta de segurança total. Isso não pode acontecer num Campeonato Brasileiro, que tem Estatuto do Torcedor aprovado. Estamos indo à delegacia dar queixa. meus jogadores estão deitados no chão e estamos com o ônibus todo sem iluminação. Não sei quem está mais machucado, mas sei que o Souza, o Gélson, o Willians e o Jackson estão muito machucados", relatou Gionédis, enquanto a equipe se dirigia à delegacia, escoltada por vários carros da PM.
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.