PH: Brigitte disse adeus!
E mais: Primeiro samba do ano
Brigitte disse adeus!
Ícone do cinema internacional, a atriz Brigitte Bardot morreu domingo aos 91 anos. Embora tenha sido internada recentemente, em novembro, a causa da morte não foi revelada.
O falecimento foi anunciado pela Fundação Brigitte Bardot, instituição criada pela atriz em 1986 para defender a causa dos direitos dos animais.
Símbolo máximo de uma era, Bardot redefiniu a imagem da mulher no cinema europeu dos anos 1950 e 1960 e se tornou o sex symbol mais emblemático do período. Sua morte encerra um capítulo decisivo da história cultural do século 20.
Para além do cinema
Nascida em Paris, em 1934, em uma família abastada, Bardot iniciou-se na dança clássica e na moda antes de ser descoberta ainda adolescente. A projeção internacional veio em 1956, com E Deus Criou a Mulher, dirigido por Roger Vadim, então seu marido. O filme a transformou em fenômeno mundial e em referência estética e comportamental, rompendo padrões morais vigentes.
Para além do cinema, sua influência extrapolou as telas. Bardot ajudou a popularizar o biquíni na Europa, lançou tendências de moda e beleza – do cabelo loiro platinado ao olhar marcado – e contribuiu para projetar destinos como Saint-Tropez e a brasileira Búzios no circuito internacional do turismo.
Ao longo da carreira, participou de cerca de 50 filmes, trabalhando com cineastas de peso, como Jean-Luc Godard, em O Desprezo, e Henri-Georges Clouzot, em A Verdade.
Ousadas cenas de nudez
O filme E Deus Criou a Mulher, estrelado por Brigitte Bardot, apresenta cenas de nudez que foram consideradas extremamente ousadas e escandalosas para a época, mas não incluem nudez frontal total explícita. O filme foca na sugestão e na sensualidade, mais do que na exposição explícita.
Os detalhes das cenas de nudez incluem: Na cena de abertura, Bardot é mostrada nua, deitada de bruços, em vista de perfil e de costas, enquanto toma sol em seu quintal; mais tarde, há uma cena em que ela se levanta da cama nua, mas sua figura é estrategicamente obscurecida por lençóis ou outros elementos em primeiro plano, evitando a nudez frontal explícita.
Apesar de não haver nudez frontal completa, a natureza provocativa do filme e a forma como a sexualidade de Bardot foi retratada foram suficientes para causar enorme controvérsia e levar à censura pesada ou até mesmo ao banimento do filme em muitos países, incluindo os Estados Unidos, na época de seu lançamento.
A sugestão de nudez e o comportamento sexualmente liberado da personagem foram os principais fatores para o escândalo.
Depressão e alcoolismo
O sucesso de Bardot, no entanto, veio acompanhado de episódios de depressão, alcoolismo e conflitos frequentes com a imprensa, além de uma relação distante com seu único filho, Nicolas.
Em 1973, aos 39 anos e no auge da notoriedade, Bardot anunciou uma decisão radical: aposentou-se definitivamente das artes para dedicar-se integralmente à militância em defesa dos animais. Costumava dizer que, depois de oferecer sua beleza ao público, reservaria “a melhor parte” de si para essa causa.
Essa segunda fase ganhou forma institucional em 1986, com a criação da Fundação Brigitte Bardot, voltada ao combate à caça de focas, às touradas e a diferentes formas de maus-tratos animais ao redor do mundo.
Uma lenda do século
Reclusa em sua propriedade, La Madrague, no litoral francês, Bardot manteve-se ativa no debate público – quase sempre de modo provocador. Nos últimos anos, sua imagem foi marcada também por controvérsias políticas e judiciais. Ela foi condenada diversas vezes por incitação ao ódio racial, após declarações contra muçulmanos e imigrantes na França.
Mesmo cercada por essas sombras, Bardot permanece como uma figura incontornável da cultura francesa: foi a primeira Marianne – símbolo da República – a ter rosto de uma mulher real e segue como uma das imagens mais reconhecíveis e contraditórias da França contemporânea.
Em nota em rede social, o presidente da França, Emmanuel Macron, lamentou a morte da atriz:
“Seus filmes, sua voz, sua fama deslumbrante, suas iniciais, suas tristezas, sua generosa paixão pelos animais, o rosto que se tornou Marianne - Brigitte Bardot personificava uma vida de liberdade. Uma existência francesa, um brilho universal. Ela nos tocou. Lamentamos a perda de uma lenda do século”.
Longe das câmeras
Nos últimos anos, a atriz causou controvérsia com suas declarações sobre política, imigração e caça. Algumas delas resultaram em condenações por difamação.
“Liberdade é ser você mesmo, mesmo quando isso incomoda as pessoas”, escreveu no epílogo de um livro intitulado Mon BBcédaire, publicado na França em outubro.
No livro, Brigitte também afirmou que seu país se tornou “sombrio, triste, submisso, doente, danificado, devastado, comum, vulgar...”. A direita é o “único remédio urgente para a agonia” da França, acrescentou a artista, que afirmou sua proximidade com a política de extrema direita Marine Le Pen.
Últimos anos de Bardot
Em seus últimos anos, Bardot viveu no sul da França, entre sua famosa residência La Madrague e uma segunda casa escondida na vegetação, La Garrigue, que abriga animais e uma capela particular.
Em entrevista concedida em maio à emissora francesa BFMTV, Brigitte confessou que ansiava por “paz e natureza”.
– Vivo como uma fazendeira com minhas ovelhas, minhas cabras, meus porcos, meu burro e meu pônei, todos os meus cachorros, meus gatos – declarou a atriz, que disse não ter “nem celular nem computador”.
Estátua no Rio de Janeiro
Estrela mundial, Brigitte auxiliou a impulsionar Búzios, no Rio de Janeiro, como um dos mais procurados pontos turísticos do Brasil. Ela visitou a cidade duas vezes, o suficiente para ser homenageada com uma estátua e virar cidadã honorária.
Em sua primeira visita, entre janeiro e abril de 1964, hospedou-se em uma humilde residência na Praia de Manguinhos. Namorada do brasileiro-marroquino Bob Zagury na época, buscava tranquilidade no Brasil.
Quando de sua visita ao Brasil, Búzios era um pequeno vilarejo de pescadores, de difícil acesso. O local se tornou um ponto turístico procurado por estrangeiros após a passagem de Brigitte, que voltou a Búzios entre dezembro de 1964 e 1965.
Em 2024, ao completar 90 anos, afirmou não pensar na idade e que “todos os dias são iguais”.
DE RELANCE
Primeiro samba do ano
O produtor cultural Anderson Mello vai inaugurar 2026 com uma festa alto astral e já em ritmo de celebração em torno de seus 6 anos de trabalho incrementando a agenda cultural local levantando a bandeira do samba e do pagode.
No primeiro dia de janeiro, ele abrirá as portas da Privilege Hall, na Avenida Mário Andreazza, na Cohama, para a produção que dará a largada para uma série de eventos ao longo do novo ano com a sua assinatura premium.
O produtor e sua equipe vão comandar o que está sendo chamado de Primeiro Samba do Ano, uma festa regada a repertório capitaneado pelas estrelas desse gênero musical na capital maranhense: as bandas Feijoada Completa, Samba de Reis e Argumento.
Soma-se a elas o talentoso cantor Gustavo Ribeiro, também escalado.
Réveillon na Mansão Orla
Emmanuel Márcio Barbosa e Abílio Moraes estão eufóricos com a receptividade do Réveillon que estão promovendo na Mansão Orla, que promete ser um novo ponto de encontro com acesso direto à Avenida Litorânea.
No local, criado para quem vive a cidade no ritmo da praia, da música e da celebração, o Réveillon encontra o nascer do sol, o Pré-Carnaval vira promessa de temporada e o Carnaval ganha um cenário à altura: mar na frente, energia lá em cima e experiências que só a orla sabe oferecer.
Segundo os empresários, a Mansão Orla chega para ser palco de momentos intensos, encontros marcantes, com noites que começam grandes e terminam lendárias.
Noite dramática
Na madrugada de sábado para domingo, Surama de Castro e seu companheiro Flavius Cotait tiveram uma das piores experiências de sua vida.
Por volta das 3h da madrugada, ela e o Flavius estavam dormindo na casa do irmão dela, Alberto de Castro. Foi quando 4 bandidos armados arrombaram a porta do quarto em que estavam dormindo.
Na casa só estavam os dois. E os bandidos não tiveram dificuldade para levar celulares, joias, dinheiro, aparelhos de TV, etc…
Graças a Deus eles não fizeram nada com o casal, mas causaram momentos de muito pânico e tortura.
Para escrever na pedra:
“Mas se amo os teus pés é porque andaram sobre a terra e sobre o vento e sobre a água, até me encontrarem”. De Pablo Neruda.
TRIVIAL VARIADO
Empreendedorismo: À frente do Sindibebidas desde junho de 2024, Tânia Miyake se tornou a primeira mulher a liderar a entidade no Maranhão. Sócia da Cervejaria Dona, a empresária foi uma das primeiras mulheres cervejeiras da América do Sul. Atualmente, são 40 empresas associadas ao Sindibebidas.
Em tempo: A ri2all, empresa maranhense de chás funcionais, ingressou como a primeira do ramo no Sindibebidas, que agora reúne 40 empresas, das quais cinco contam com liderança feminina.
Tem mais: A ri2all foi fundada pela sommelier de chá e acadêmica de Nutrição, Nádia Moura, em junho deste ano. Ela desenvolve blends com ingredientes da Amazônia e Cerrado, como mate verde orgânico, urucum, pimenta rosa, abacaxi e hortelã.
No Grand Cru: o empresário Antônio Gentil está na cidade para as festas de fim de ano e hoje recebe um grupo de amigos para jantar no Grand Cru.
Até 31 de janeiro: O Ministro Nunes Marques, do STF, prorrogou em um mês o prazo para isenção de Imposto de Renda de lucros e dividendos.
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