Literatura em Língua Portuguesa

Prêmio Oceanos anuncia vencedores da edição deste ano

Vencedores foram anunciados na terça-feira (9), no auditório da Biblioteca Mario de Andrade, em São Paulo.

Evandro Júnior / Na Mira

Capa do livro 'Longarinas'
Capa do livro 'Longarinas' (Foto: Divulgação)

O prêmio Oceanos de literatura em língua portuguesa anunciou, em cerimônia realizada na noite de terça-feira (9), em São Paulo, os livros vencedores da edição 2025. Os livros finalistas de prosa e de poesia foram selecionados entre 3.142 concorrentes de 488 diferentes editoras. 

Eles passaram por três etapas classificatórias e foram lidos e avaliados por três júris formados por especialistas de três continentes, até chegar aos dois vencedores. O prêmio é realizado com apoio do Itaú Cultural. 

Coube à curadora do Oceanos por Portugal, Isabel Lucas, apresentar os finalistas portugueses: As Melhoras da Morte, romance de Rui Cardoso Martins e Vermelho delicado, contos de Teresa Veiga, ambos pela Tinta-da-China (Portugal); e Lições da Miragem, poemas de Ricardo Gil Soeiro (Assírio & Alvim – Portugal).       

Os livros africanos ficaram a cargo da professora da USP Rita Chaves, especialista em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa: A cegueira do rio, romance do moçambicano Mia Couto (pelas editoras Caminho – Portugal; Companhia das Letras – Brasil, e Fundação Fernando Leite Couto – Moçambique); Mestre dos Batuques, romance do angolano José Eduardo Agualusa (editoras Quetzal – Portugal; Tusquets – Brasil, e Elivulu Editora - Angola) e As Coisas do Morto, do poeta moçambicano Francisco Guita Jr., pela Gala-Gala (Moçambique) e Kacimbo (Angola).

O curador do Oceanos no Brasil, Manuel da Costa Pinto, falou dos livros brasileiros: Coram populo – Poesia reunida, de Maria do Carmo Ferreira (editora Martelo); O pito do pango & outros poemas, de Fabiano Calixto (Corsário-Satã), além dos dois vencedores.

Forma curta para tratar da passagem do tempo e da permanência

Segundo o curador brasileiro Manuel da Costa Pinto, o vencedor de poesia, Longarinas (7letras, Brasil), quarto livro de Ana Maria Vasconcelos, privilegia a forma curta para tratar da passagem do tempo e da permanência; uma poesia que se organiza em torno do mínimo e da observação. A poeta alagoana foi semifinalista do Oceanos 2024, com o livro O rosto é uma máquina aquosa (Ofícios Terrestres).

Para Manuel, o vencedor de prosa, Ressuscitar Mamutes, segundo romance de Silvana Tavano, mescla os registros do ensaio e da ficção, cruza especulações e experiências científicas com o relato de uma experiência de luto. “O resultado é uma narrativa que aborda de modo imaginativo e comovente as possibilidades de lidar com o tempo, de fazer uma redenção e uma modificação do passado (e, portanto, do futuro) pela imaginação.

 

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