Brasil nas ruas no combate ao Feminicídio
Mulheres e homens ocuparam as ruas de todo o país para denunciar o aumento no número de casos de feminicídio e conscientizar sobre esta epidemia que entristece e envergonha.
VIVEMOS UMA EPIDEMIA DE FEMINICÍDIO ● Nós, homens, estamos matando mais mulheres. Elas estão nas ruas do Brasil, inclusive em São Luís, para denunciar o aumento no número de casos de feminicídio e outras formatos de violência contra à mulher.
Homens adultos e jovens armaram-se e partiram para a violência a fim de reagir à perda dos seus privilégios diante da luta das mulheres pelos seus direitos e pelo seu espaço. E aceitam socar e matar quem quer que seja em nome disso. Simplesmente aumentar a pena para feminicidas não basta. Porque a maior parte dos assassinos não pondera tempo de cadeia antes de cometer um feminicídio. Temos que mudar o nosso comportamento machista que torna a morte e a violência contra mulheres tolerável, aceitável, recomendável.
Nesse sentido, em uma sociedade historicamente estruturada em torno da violência de gênero, nossa responsabilidade como homens é educarmos uns aos outros, desconstruindo nossa formação machista, explicando o que está errado, para ajudar a garantir que as mulheres possam desfrutar da mesma liberdade que nós temos — liberdade que nossos atos e palavras sistematicamente negamos a elas.
Vamos juntos ajudar a mudar a direção do senso comum. A maioria dos casos de violência é cometida na própria residência das vítimas, ou seja, no local que elas consideravam seguro. Ironicamente, parte do foco do debate público sobre violência é centrada na falsa ideia de que o perigo vem apenas daquilo que é desconhecido ou de fora. E que o porto seguro é a família e a religião, enquanto a violência vem da arte, da cultura, da educação. É a tal equivocada "IDEOLOGIA DE GÊNERO".
De acordo com o jornalista Leonardo Sakamoto, “as estatísticas e grandes casos de comoção nacional mostram o contrário, que também vêm daqueles em quem mais confiamos —líderes espirituais, maridos, namorados, pais, tios, avôs, irmãos, primos, filhos, amigos, colegas de trabalho. E, por vezes, denúncias são soterradas em montanhas de silêncio para manter as aparências. Isso quando são levadas a sério”.
E que fique bem claro: Não existe diploma de graduação em "Desconstrução" que nos livre facilmente desse conceito machista estrutural e institucionalizado. É trabalho para toda uma vida. LEIA E REPITA: "QUEREMOS MULHERES VIVAS".
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