A edição do Prêmio Papete da Festa da Música no Maranhão (FMM) 2025 levou ao público uma das noites mais emocionantes e simbólicas de sua história. Com o tema “Da Raiz ao Futuro”, o evento celebrou artistas, grupos, produtores e iniciativas que impulsionam a música feita no estado, reunindo grandes nomes da cena local, nacional e representantes da cultura popular. A cerimônia foi marcada por uma mistura de memória, afeto, diversidade e uma sequência de shows que levaram a plateia ao êxtase no Prêmio Papete — reconhecimento anual da produção musical maranhense .
A noite começou com a apresentação do grupo Afrôs, seguido da entrada vibrante dos Cazumbás do Boi de Santa Fé, que transformaram a plateia em parte viva do espetáculo. O público pôde contemplar uma narrativa que uniu celebração e reflexão sobre o papel da música na construção da identidade maranhense.
Para o idealizador da Festa da Música no Maranhão, Emanuel Jesus, a noite reafirma o propósito de valorizar artistas, fortalecer a cadeia produtiva da música e projetar o Maranhão musical para o mundo.
“Para nós, que idealizamos a Festa da Música no Maranhão, essa noite reafirma um propósito que nos move desde o início: valorizar nossos artistas, fortalecer cada elo da cadeia produtiva da música e projetar o Maranhão musical para o mundo. A FMM existe para celebrar nossa identidade, criar oportunidades e mostrar que a nossa música tem potência, tem futuro e tem lugar em qualquer palco. É uma alegria enorme ver esse movimento crescendo, se consolidando e levando o nome do Maranhão cada vez mais longe.”
O momento mais tocante da noite foi a homenagem in memoriam à sambista Patativa, ícone da cultura popular maranhense. Um vídeo inédito exibido no telão relembrou a trajetória da artista, integrante da Turma do Quinto e dos Fuzileiros da Fuzarca, e autora do álbum “Ninguém é melhor do que eu”, produzido por Zeca Baleiro. A neta da homenageada, Wandemaria de Jesus Silva, subiu ao palco para receber a placa de homenagem entregue pelos realizadores da FMM, Emanuel Jesus e Ellen Soares, em uma cena que comoveu o público e reafirmou o legado da sambista para as futuras gerações .
“Agradeço por terem homenageado-a ainda em vida, e agora, em sua memória. Eu sou neta, mas a voz, melodia, a irreverência e o samba era dela mesmo. A patativa não morreu e quem a conheceu sabe que ela segue viva nos nossos coroações”, destacou a neta.
Shows celebram mulheres, diversidade e ancestralidade
A trilha sonora da noite foi comandada pela Banda FMM, sob direção musical de Rui Mário. O primeiro bloco musical, “Mulheres no Samba da Ilha”, abriu caminho para apresentações marcantes de:Andrea Frazão, interpretando canções como Santo Guerreiro (Patativa) e O Que É, O Que É, Sol Maranhão, com repertório que uniu ancestralidade e modernidade, Fernanda Garcia, trazendo canções que evocam brasilidade e identidade, As Brasileirinhas — Helô Santana e Rose Carrenho — com sucessos de Alcione e clássicos do samba.
O DJ e curador Pedro Sobrinho fez uma participação especial reforçando a representatividade do 20 de Novembro no cenário musical .
O encerramento ficou por conta da atração nacional Jorge Vercillo, que apresentou um show especialmente preparado para a FMM, levando o público ao coro em sucessos que marcaram sua carreira.
Sendo convidado a subir ao palco pelo cantor Jorge Vercillo, o cantor , compositor e idealizador da Festa da Música no Maranhão , Emanuel Jesus deu uma palhinha ao lado de Vercillo, embalando a música “Sensível demais”.
Premiados celebram a força da cultura local
Ao longo da cerimônia, dezenas de artistas, grupos, projetos e coletivos foram homenageados pela contribuição à música maranhense. O Prêmio Papete reuniu desde nomes consagrados até iniciativas que expandem as fronteiras da criação artística no estado. Receberam homenagens:
1º Bloco: Regiane Araújo, Gil Leros, Lairton & Seus Teclados, Mestra Roxa, Zezé Menezes de Iemanjá, Banda Barba Branca
2º Bloco: Garagem Alternativa, DJ Helena Melo, Banda do Professor, Brisa Discos, Festival Internacional de Compositoras – Sonora
3º Bloco: Boi da Floresta, Rádio das Tulhas, Low Eletrônica, Dux Produções, Roberto Chinês, Elas do Forró
4º Bloco: Mestre Amaral, Criola Beat, Luma Pietra, Casa Fanti Ashanti, Boi de Morros
5º Bloco: DJ Wuk, 98 Records, Baddest, Boi de Leonardo, Alê Muniz, Rommel, Roqueville
6º Bloco – In Memoriam: Alessandra Santos, José Veloso
7º Bloco: Bloco Afro Akomabu, Bastardzz, Jotanubeat, Hades, Feijoada Completa e os representantes das rádios que aderiram a campanha “Nosso som toca aqui”
A diversidade dos homenageados reforça o compromisso do Prêmio Papete em reconhecer o pulsar múltiplo da música no Maranhão — do bumba meu boi ao acústico, do eletrônico ao samba, do hip-hop às tradições afro-religiosas.
Uma festa que reafirma identidade
Com patrocínio do Grupo Equatorial, Banco do Nordeste, Claro e apoio da Cerveja Dona e do Grupo Mirante, a Festa da Música do Maranhão consolidou mais uma edição histórica.
O Prêmio Papete 2025 deixa vivo o sentimento de que a música maranhense tem raízes profundas — e um futuro cada vez mais potente.
Prêmio Papete celebra a força da música maranhense em noite de homenagens e grandes shows
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