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Confira 7 filmes de terror brasileiros para assistir no Halloween

De Zé do Caixão a “Propriedade”, o terror brasileiro mostra que o cinema nacional vai muito além das comédias e dramas que dominam as telonas.

Na Mira

Atualizada em 28/10/2025 às 13h38
Confira 7 filmes de terror brasileiros para assistir no Halloween.
Confira 7 filmes de terror brasileiros para assistir no Halloween. (Reprodução/The Movie Database)

O Brasil é conhecido por fazer rir e emocionar. De “Minha Mãe é uma Peça” e “Minha Vida em Marte” aos clássicos “O Auto da Compadecida”, “Central do Brasil” e ao recente vencedor do Oscar “Ainda Estou Aqui”, o cinema nacional sempre se destacou pela sensibilidade e pelo humor. Mas há um lado sombrio, e pouco explorado, que merece atenção: o terror brasileiro.

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Desde a década de 1960, quando José Mojica Marins, o icônico Zé do Caixão, abriu caminho para o gênero, o Brasil tem produzido obras que misturam medo, crítica social e atmosfera única. E, com o Halloween se aproximando, não há momento melhor para revisitar (ou descobrir) o horror feito por aqui.

O Na Mira preparou uma seleção de títulos que mostram que o cinema de terror nacional tem identidade própria!

👻 Confira 7 terror brasileiros que valem o susto
 

 Mate-me Por Favor (2015)

Dirigido por Anita Rocha da Silveira, Mate-me Por Favor mistura o terror adolescente com um drama pulsante sobre desejo, morte e amadurecimento. O filme acompanha Bia (Valentina Herszage) e suas amigas Michele, Mariana e Renata, jovens de 15 anos que vivem em um bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro marcado por uma onda de assassinatos de mulheres.

Enquanto a comunidade entra em pânico, Bia se sente estranhamente fascinada pelos crimes e passa a buscar nas sombras da violência uma forma de se sentir viva.

Com uma atmosfera inquietante e estética vibrante, o longa cria um retrato brutal da adolescência e da vulnerabilidade feminina. Está disponível na Netflix, com 65% de aprovação no Rotten Tomatoes e nota 5,8 no IMDb.

O Clube dos Canibais (2018)

Um dos filmes de terror mais provocativos do cinema recente, O Clube dos Canibais é um slasher político do diretor Guto Parente.

A trama acompanha Otavio (Tavinho Teixeira) e Gilda (Ana Luiza Rios), um casal da elite cearense que integra um seleto clube de milionários... com um segredo repulsivo: eles se reúnem para devorar pessoas. Quando Gilda descobre um segredo do presidente da organização, os caçadores se tornam as presas.

Com cenas fortes e uma crítica mordaz à desigualdade e à moral da elite, o filme transforma o horror em sátira social. Disponível para aluguel no Google Play Filmes e YouTube, tem nota 5,7 no IMDb.

A Sombra do Pai (2018)

Em seu segundo longa, Gabriela Amaral Almeida entrega um dos terrores psicológicos mais sensíveis e melancólicos do cinema nacional. A Sombra do Pai acompanha Dalva (Nina Medeiros), uma menina de nove anos que tenta lidar com a morte da mãe e o distanciamento emocional do pai (Julio Machado).

Tomada pela saudade, ela decide realizar um ritual para trazer a mãe de volta e o que começa como um gesto de amor vira uma experiência sobrenatural sombria.

Com atmosfera sufocante, a diretora usa o horror para falar de luto, infância e abandono. Está disponível no Amazon Prime Video, com nota 6,3 no IMDb.

Clarisse ou Alguma Coisa Sobre Nós Dois (2015)

O cearense Petrus Cariry entrega aqui um drama psicológico com tons de horror existencial.
Na trama, Clarisse (Sabrina Greve) retorna ao interior do Ceará para visitar o pai doente, Samuel (Everaldo Pontes). O reencontro desperta lembranças dolorosas e segredos de infância, transformando o isolamento da casa em um espaço de opressão e medo.

A fotografia e o som criam uma atmosfera pesada e silenciosa, onde o terror é menos explícito e mais psicológico. Com atuações intensas e ritmo contemplativo, o filme fala sobre trauma e reconciliação. Nota 5,5 no IMDb.

O Diabo Mora Aqui (2015)

Se você curte o terror sobrenatural clássico, este é para você. Dirigido por Rodrigo Gasparini e Dante Vescio, O Diabo Mora Aqui acompanha quatro jovens que decidem passar o fim de semana em um antigo casarão no interior. O que seria uma aventura se transforma em pesadelo quando eles despertam um espírito vingativo ligado à escravidão e à violência histórica.

O longa mistura lendas brasileiras com o clima de Evil Dead, trazendo cenas tensas e visuais potentes. Está disponível no Prime Video, com nota 5 no IMDb.

Propriedade (2023)

Um dos terrores nacionais mais comentados dos últimos anos, Propriedade, de Daniel Bandeira, mistura suspense, crítica social e horror psicológico em um cenário claustrofóbico.
Após sofrer um trauma urbano, Tereza (Malu Galli) se isola na fazenda da família, buscando paz. Mas tudo muda quando os trabalhadores rurais descobrem que o local será vendido e a revolta transforma a propriedade em um campo de tensão e violência.

O filme é um retrato cruel de classes e poder, e usa o medo como metáfora para a desigualdade. Está na Netflix, com nota 7 no IMDb.

O Lobo Atrás da Porta (2013)

Fechando a lista, um dos thrillers mais elogiados do país. Dirigido por Fernando Coimbra, O Lobo Atrás da Porta é inspirado no caso real da “Fera da Penha” e acompanha a investigação do desaparecimento de uma criança no Rio de Janeiro.

Durante os depoimentos, segredos de um triângulo amoroso entre Bernardo (Milhem Cortaz), Sylvia (Fabíula Nascimento) e Rosa (Leandra Leal) vêm à tona, revelando uma trama de ciúme, manipulação e crueldade.

Tenso, realista e perturbador, o longa é um exemplo de terror psicológico que dispensa monstros porque o monstro é humano. Está disponível no Disney+, com nota 7,4 no IMDb e 84% de aprovação no Rotten Tomatoes. 

Terror nacional

Ao contrário dos sustos artificiais de Hollywood, o terror brasileiro assusta porque fala de nós, das desigualdades, da violência cotidiana e dos medos enraizados na cultura. Seja através de fantasmas, rituais, isolamento ou vingança, esses filmes revelam um país em permanente tensão, em que o medo é, muitas vezes, uma extensão da realidade.

Neste Halloween, vale trocar o terror importado por produções nacionais. Afinal, o medo à brasileira tem sotaque, crítica e alma e é exatamente isso que o torna tão inesquecível.

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