SÃO LUÍS - O ex-presidente da República José Sarney recebeu, em sua residência, no bairro Calhau, representantes da Associação Brasileira de Surf na Pororoca (Abraspo). A visita de Noélio Sobrinho e Ricardo Fernandes Pororoca foi para apresentar o trabalho que vem sendo realizado dentro do projeto ‘Pororoca - O Encontro das Águas’, especialmente a programação de 2026.
Este ano, o projeto rendeu, inclusive, uma exposição no São Luís Shopping, resgatando um trabalho desenvolvido em mais de 25 anos, da criação do esporte até o surf na pororoca do Rio Mearim. Durante a visita, Noélio Sobrinho, natural do Pará, recordou que tudo começou quando o pai dele leu um texto escrito por José Sarney no jornal Gazeta do Amapá, em 2004, revelando ao Brasil sobre a existência do fenômeno no Maranhão. Foi exatamente esse texto que desencadeou o interesse de Noélio pelo Maranhão, sendo o pontapé inicial de toda a história.
O artigo de Sarney foi fundamental para o desenvolvimento do movimento de surf na pororoca no Brasil,. O artigo inspirou os primeiros surfistas a se aventurarem na pororoca e, posteriormente, o projeto "Pororoca – A Onda do Brasil", criado com o objetivo de promover o surf nesse fenômeno natural e, também, a cultura e o turismo local.
Sarney reconheceu o esforço de toda a equipe envolvida para, entre outras coisas, transformar aquela região maranhense em um polo turístico, por meio do turismo de aventura e aglutinando diversas atividades. Ele ainda confirmou que assinará o prefácio da terceira edição do livro ‘Auera Auara’. Além disso, o texto escrito por Sarney em 2004 será reproduzido na nova edição.
As atividades envolvendo a pororoca do Rio Mearim, para quem não sabe ou não lembra, foram iniciadas em 2001 por Jerônimo Júnior e Noélio Sobrinho. Mais tarde, os dois se uniriam a Ricardo Fernandes, que por essa razão passaria a ser conhecido como Ricardo Pororoca.
Em 2008, o projeto relativo à pororoca do Rio Mearim venceu o primeiro edital de eventos geradores de fluxo turístico do Brasil. Eram 294 entidades, sendo a do Maranhão a única relacionada com a área esportiva.
Ricardo, natural de Arari, já conhecia o fenômeno e uniu forças com os outros dois para que mais pessoas passagem a conhecer o projeto, que de acordo com ele vai muito além de uma simples aventura sobre as águas.
Atualmente, a pororoca continua a ser um fenômeno que atrai turistas e surfistas para a região do Amapá, especialmente no rio Araguari. Apesar de ter sido interrompida em alguns momentos devido a fatores como o assoreamento do rio e a criação de bubalinos, a pororoca tem sido tema de pesquisas e projetos para garantir sua preservação e aproveitamento sustentável.
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