PH: Virgínia e Roberto Albuquerque são os anfitriões de hoje
E mais: O Brasil pode sair da enrascada
Cenário raro
A 15 meses da eleição de 2026, o Maranhão vive um cenário raro para a véspera de anos eleitorais: ao menos quatro políticos já se lançaram pré-candidatos ao governo do Estado e outros correm por fora nas hostes partidárias.
Por enquanto, Eduardo Braide (PSD), Felipe Camarão (PT), Orleans Brandão (PSB) e Lahesio Bonfim (Novo) não escondem a pretensão de concorrer ao Palácio dos Leões, enquanto outros tentam, discretamente, se credenciar à disputa.
Por ora, Felipe Camarão tem um trunfo nesse cenário. Caso Carlos Brandão renuncie em março para disputar uma vaga no Senado, o atual vice-governador irá concorrer sentado na cadeira de governador.
Essa posição faz dele candidato à reeleição, ou seja, não poderá concorrer novamente em 2030. Assim, quem for seu vice tem boas chances de se viabilizar como candidato de situação na próxima eleição.
Viagem e crítica
Uma comissão externa do Senado brasileiro deve embarcar para a capital dos Estados Unidos, Washington, no próximo dia 28.
A missão seria “dialogar com o Congresso americano” sobre os impactos do tarifaço imposto aos produtos brasileiros pelo presidente Donald Trump.
A medida, contudo, vem sendo criticada até por integrantes do Senado, já que no período da viagem o Congresso dos EUA estará em recesso.
“O risco é de se falar para salas vazias”, diz uma fonte.
Violência e criminalidade
A edição deste ano do Anuário Brasileiro da Segurança Pública, divulgada ontem, com os dados de 2024, confirma as novas faces da violência e da criminalidade.
São transformações que exigem adaptações nas políticas tradicionais da área diante do aumento de alguns crimes, enquanto outros recuam.
Os feminicídios e os estelionatos são os delitos que merecem um olhar mais atento do sistema judicial, das polícias e da sociedade.
O estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) mostra o crescimento dos feminicídios no Brasil, em meio à queda nas mortes violentas em geral. O assassinato por questão de gênero foi recorde na série histórica iniciada em 2015, quando a legislação tipificou esse crime. Foram 1.492 casos, alta de 1% sobre 2023.
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Não há escalada vertiginosa, mas se constata a grande dificuldade para fazer os números cederem, a despeito da crescente preocupação com a violência contra a mulher, em especial após a pandemia.
Uma das principais dificuldades reside na natureza distinta do feminicídio em relação aos demais homicídios.
Permanece um desafio sem resposta adequada, apesar dos diversos instrumentos e iniciativas instituídos, como o aumento da concessão de medidas protetivas, as patrulhas Maria da Penha, a criação de delegacias especializadas e o estímulo ao registro de boletins de ocorrência sobre a violência doméstica em suas diversas manifestações.
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São medidas meritórias e necessárias, mas talvez ainda insuficientes.
É possível que a reversão desse quadro dependa de fatores que mostrem resultado em um prazo maior, por dizerem respeito aos elementos culturais que moldam o comportamento do agressor e o machismo estrutural.
É preciso ensinar e conscientizar sobre equidade de gênero e incutir o entendimento de que os homens não têm poder sobre o destino das mulheres.
DE RELANCE
O Brasil pode sair da enrascada
A uma semana da entrada em vigor da tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras para os EUA, soa infantil e oportunista dizer que o governo Lula tem de negociar. Não existe negociação possível quando o outro lado se recusa a sentar à mesa. Ou quando desde a largada impõe uma condição francamente inaceitável.
Desde que anunciou as primeiras medidas deste segundo governo, Donald Trump vem blefando. Ameaça e recua, volta a ameaçar e recua outra vez, testando os nervos dos parceiros comerciais. Só depois que encontrou em Xi Jinping um negociador com a mesma força, aceitou negociar com a China. Mas não foi só a resposta do líder chinês que operou o milagre. Foi a pressão das empresas dos EUA, dependentes de insumos e de produtos acabados feitos na China.
A esperança do Brasil passa por esse caminho. Se é impossível fazer o que Trump quer, que é livrar Jair Bolsonaro na ação penal da tentativa de golpe, não adianta mandar deputados, senadores, diplomatas ou bispos acampar em frente à Casa Branca.
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Resta esperar que os consumidores de carne, café e suco de laranja dos EUA pressionem o governo a recuar, alertando para o risco de inflação ou de desabastecimento. E que as empresas norte-americanas que dependem de insumos importados do Brasil mostrem que serão eles os maiores prejudicados por essa guerra comercial.
No médio prazo, o caminho será abrir novos mercados, tentar acelerar o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, negociar com outros países afetados pelas tarifas, como o Canadá e o México, e ampliar as vendas para países do Brics.
O apoio e a solidariedade de dezenas de países membros da Organização Mundial do Comércio atestam que Trump pode acabar estimulando as trocas entre outras nações para escapar da síndrome de dono do mundo.
Olimpíada de Eficiência Energética
Começa no dia 1º de agosto o período de inscrições para a Olimpíada Nacional de Eficiência Energética (Onee 2025).
O público-alvo são os estudantes do 8º e 9º anos.
Interessados podem se inscrever gratuitamente até 30 de setembro por meio do site www.onee.org.br.
A expectativa dos organizadores é de que cerca de meio milhão de alunos das redes pública e privada de ensino participem da competição, criada para despertar a conscientização sobre consumo responsável de energia, sustentabilidade e impactos sociais e econômicos associados ao uso dos recursos naturais.
Cenário de tensões comerciais
Durante a cerimônia de entregas do governo federal em Minas Novas (MG), ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o interesse declarado dos Estados Unidos em minerais estratégicos brasileiros – como lítio, níquel, terras raras e cobre, fundamentais para a transição energética de ambos os países.
Lula defendeu a soberania do país sobre suas riquezas naturais e afirmou que “aqui ninguém põe a mão”.
A declaração ocorre em meio ao cenário de tensões comerciais entre Brasil e EUA e após o encarregado de negócios e embaixador interino americano, Gabriel Escobar, ter manifestado interesse em fechar acordos para compra de minerais considerados estratégicos depois de ter se encontrado com representantes do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).
– Temos todo o nosso petróleo para proteger. Temos todo o nosso ouro para proteger. Temos todos os minerais ricos que vocês querem para proteger. E aqui ninguém põe a mão. Este país é do povo brasileiro – disse Lula.
Dia do Pediatra
No dia 27 de julho celebramos o Dia do Pediatra. Mais do que uma data comemorativa, é um momento de reflexão sobre o cuidado que estamos oferecendo às nossas crianças. Qual o médico que cuida das crianças? Quem escuta suas queixas, acalma suas febres, acompanha seus primeiros passos e suas dúvidas adolescentes?
Deveria ser assim desde o começo: o pediatra, presente em todas as salas de parto, acolhendo os bebês já no nascimento. Depois, no posto de saúde, acompanhando o desenvolvimento, protegendo com vacinas, com aconselhamento preventivo, orientando as famílias com escuta e carinho. Presente nas pequenas dúvidas e nos grandes desafios. Nas emergências, seja nas portas dos hospitais ou nas UPAs.
Infelizmente, essa não é a realidade. No SUS, a maioria das crianças não tem acesso a um pediatra que, junto à equipe de saúde da família, traria benefícios para a própria equipe e para as famílias.
A grande verdade é que toda criança merece um pediatra para chamar de seu.
Para escrever na pedra:
“As coisas mais mesquinhas enchem de orgulho os indivíduos baixos”. De William Shakespeare.
TRIVIAL VARIADO
Aposentados: Voa Brasil completa um ano com 45 mil reservas de passagens aéreas de até R$ 200. Balanço é do Ministério de Portos e Aeroportos.
Oportunidade: Ministério da Saúde lança edital para seleção de médicos para o programa Agora Tem Especialistas. São mais de 1,7 mil vagas.
Tensão diplomática: Lula reage ao interesse dos Estados Unidos sobre os minerais estratégicos do Brasil: “Ninguém põe a mão”. A sinalização foi feita por representante da embaixada americana em reunião com empresários.
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